quinta-feira, 28 de junho de 2018

CANTO XVI


PARAÍSO

Canto XVI


O Canto inicia com uma invocação à “nobreza de sangue” (nobiltà di sangue- v.1). O poeta  afirma que doravante não vai mais se surpreender quando as pessoas aqui na Terra se vangloriarem dela, pois ele próprio, no Céu, se ufanou de sua estirpe (após saber sobre Cacciaguida). 

        Na sequência, os versos, ainda dirigindo-se a essa nobreza de sangue, personificada, e numa metáfora que a associa a um manto, salientam o fato de que, à medida que o tempo passa, ela tende a se reduzir, se não ocorrerem novos motivos que a reforcem:

Ben se’ tu manto che tosto raccorce:
sì che, se non s’appon di dì in die,
lo tempo va dintorno con le force.      (v.7-9)

És um manto que se encurta logo:/ de modo que, se não for alongado dia a dia,/ o tempo utiliza sua tesoura.

            Dante diz que usará doravante o “vós” (voi- v. 10) em suas palavras. Esse é um pronome mais cerimonioso do que o “tu” (seu uso pelos romanos, hoje abandonado, teria se iniciado com o tratamento dado por eles a Júlio César). Decorre da tomada de consciência, pelo poeta, da sua nobre linhagem, o que provoca um sorriso irônico de Beatriz, “sorriu, parecendo aquela que tossiu/ à primeira falta narrada de Ginevra” (ridendo, parve quella che tossio/ al primo fallo scritto di Ginevra-  v.14-15). Ela é comparada assim à dama que tossiu para anunciar sua presença, no momento em que a rainha Guinevere cometia sua primeira falta, ou seja, revelava seu amor ilícito pelo cavaleiro Lancelot, conforme um episódio do romance da Távola Redonda, mencionado indiretamente. Essa mesma história era aquela lida pelos amantes Paolo e Francesca, personagens do  Canto V do “Inferno” (v.127-138) (1).

Gustave  Doré

            O poeta, ao falar com seu ancestral (seu “pai”: padre mio- v. 16), diz que se rejubila (“Por tantos rios se enche de alegria/ a mente minha”: Per tanti rivi s’empie d’allegrezza/ la mente mia,/.../ – v.19-20), afirmando—“vós me elevais tanto que eu sou mais do que sou” (voi mi levate sì, ch’i’ son più ch’io- v.18). Essa alegria de Dante decorre não só de saber sobre sua ascendência mas também porque, sendo salvo, irá se juntar a Cacciaguida no Paraíso (2).  Em seguida  ele formula algumas perguntas ao seu trisavô, desejando saber quem foram seus antepassados; quando ele foi criança; “quão grande era então o redil de São João” (ditemi de l’ovil di San Giovanni/ quanto era allora, /.../- v. 25-26), i.e. qual era então o tamanho de Florença (cujo padroeiro, na era cristã, é S. João Batista), e quem, dentro desse rebanho, era “digno dos mais altos cargos” (/.../ degne di più alti scanni- v.27).

            A seguir, o poeta faz uma comparação sugestiva, referindo-se ao seu trisavô:

Come s’avviva a lo spirar d’i venti
carbone in fiamma, così vid’io quella
luce risplendere a’ miei blandimenti;     (v.28-30)

Como se aviva ao soprar dos ventos/ o carvão no fogo, assim vi eu aquela/ luz resplandecer às minhas palavras afetuosas; 

e passa a reproduzir o que Cacciaguida lhe respondeu, em sua linguagem antiga (“não com a nossa moderna fala”: ma non con questa moderna favela-  v.33), supostamente o florentino do século XII (3).  

            Nos versos seguintes, o ancestral diz, indiretamente, que nasceu em 1091. Cabe ao leitor deduzir isso, dividindo o produto de 580 com 687 pelos 365 dias do ano.  580, ou “quinhentos e cinquenta/ e trinta” (cinquecento cinquanta/ e trenta- v. 37-38), é o número de vezes que “este fogo” (v.38, Marte, o planeta em que estão) ficou em conjunção com a constelação de Leão (“veio este fogo/ a reinflamar-se sob a sua pata”: venne questo foco/ a rinfiammarsi sotto la sua pianta- v.38-39) desde o início da era cristã até o parto de Cacciaguida (v. 35). Para os florentinos tal início era contado desde o dia da Anunciação (“Desde aquele dia em que foi dito Ave”: Da quel dì che fu detto ‘Ave’ - v. 34) (25 de março), ou seja, era contado desde a concepção, não do nascimento de Cristo. Por outro lado, 687 é o número de dias que o planeta leva para fazer aquele movimento astronômico de revolução em torno da Terra. No período considerado, isso ocorreu 580 vezes (4).    

            Prosseguindo, Cacciaguida afirma que seus ancestrais e ele nasceram na parte mais antiga da cidade, onde “o corredor participante de vossos jogos anuais” (da quei che corre il vostro annüal gioco- v. 42) (corridas anuais de cavalo) primeiro entra, i.e. o distrito de Porta San Pietro (5).  Mas sobre seus maiores, “sobre quem foram e de onde vieram” (chi ei si fosser e onde venner quivi- v. 44), Cacciaguida não quer se estender, acha que “é mais apropriado calar do que falar” (più è tacer che ragionare onesto- v.45) pois, depreende-se, no Paraíso não seria apropriado jactar-se deles (6). 

            Quanto ao tamanho da população de Florença, Cacciaguida refere-se a “Todos os que podiam naquele tempo/ portar armas entre Marte e o Batista” (Tutti color ch’a quel tempo eran ivi/ da poter arme tra Marte e ‘l Batista- v. 46-47), i.e. à população masculina adulta existente entre os limites opostos da cidade, a estátua de Marte na ponte Vecchio e o Batistério de S. João Batista. Eles “eram um quinto dos que vivem lá agora” (erano il quinto di quei ch’or son vivi- v. 48). Mas não havia a mistura atual, com gente de Campi, Certaldo e Fegghine (v.50). A população “era pura até o último artesão” (pura vediesi ne l’ultimo artista- v. 51).  Seria melhor ter essa gente apenas como vizinha e não dentro da cidade. Eles deviam ter permanecido fora das suas fronteiras norte (Trespiano) e sul (Galluzzo) (v.53-54). Por isso, os florentinos têm que, agora, “suportar o mau cheiro/ do vilão Aguglione e daquele da Signa/ que já têm os olhos aguçados para a barataria!” (barataria significa ação de agente público em troca de suborno) ( /.../ e sostener lo puzzo/ del villan d’Aguglion, di quel da Signa/ che già per barattare ha l’occhio aguzzo!-  v.55-57). Baldo d’Aguglione e Fazio da Signa descendiam de famílias migradas para Florença, procedentes de localidades próximas. Esses inimigos políticos de Dante eram Guelfos Brancos renegados e se opunham ao seu retorno do exílio (7).     

Dante, pela voz de Cacciaguida, faz depois uma crítica à Igreja. Se ela tivesse tido um outro tipo de relacionamento com o Imperador,

Se la gente ch’al mondo più traligna
non fosse stata a Cesare noverca,
ma come madre a suo figlio benigna,     (v.58-60)

Se aqueles que no mundo mais se extraviam/ não tivessem sido madrasta de César/ mas mãe benigna a seu filho,

i.e., se a Igreja não disputasse o poder temporal com o Imperador, não teria causado a divisão e lutas civis entre os guelfos (partidários do Papa) e os  gibelinos (partidários do Imperador), levando as famílias que emigraram para Florença a optar por um partido ou outro e desestruturando a ordem social então existente, pois a Igreja estimulou o povo simples a voltar-se contra os senhores feudais partidários do Império, conforme Merlo (8). Essa gente indesejada teria permanecido em seus locais de origem. Não haveria hoje “um certo novo-florentino que se dedica ao comércio e câmbio” (ou agiotagem) (tal fatto è fiorentino e cambia e merca- v.61), uma vez que ele  teria permanecido em Simifonti. Os “Condes” Guidi estariam ainda no castelo de Montemurlo, os Cerchi (chefes dos Guelfos Brancos) em Acone e os Buondelmonti (que deram origem às primeiras lutas civis em Florença) em Valdigrieve (v.64-66).

            Segue-se a constatação do crescimento inconveniente de uma cidade (Florença) pelo afluxo migratório (tornando a população florentina menos “pura”, na opinião do poeta), e a comparação desse “mal” com o produzido no corpo humano pelo excesso de alimentação. Associa-se essa cidade maior a um touro e afirma-se que uma espada pode ser melhor que cinco (uma evocação da antiga Florença, cuja população, conforme o v.48, era um quinto da atual). Em suma, para Dante, pela voz de Cacciaguida, a Florença antiga era melhor que a atual:  

Sempre la confusion de le persone
principio fu del mal de la cittade,
come del vostro il cibo che s’appone;

e cieco toro più avaccio cade
che cieco agnello; e molte volte taglia
più e meglio una che le cinque spade.    (v. 67-72)

Sempre a mistura de gente diversa/ foi origem do mal de uma cidade/ como do vosso, o alimento demasiado;
um touro cego cai mais rápido/ que um cordeiro cego; e muitas vezes talha/ mais e melhor uma espada do que cinco.

            Cacciaguida então menciona quatro cidades italianas, duas já desaparecidas   (Luni e Urbisaglia- v. 73) e duas em decadência, que seguem o mesmo caminho daquelas (Chiusi e Sinigaglia-  v. 75). Por isso, não deve ser motivo de admiração que as grandes famílias também declinem, “já que mesmo as cidades chegam ao fim” (poscia che le cittadi permine hanno- v. 78). Afirma também:

Le vostre cose tutte hanno lor morte,
sì come voi; ma celasi in alcuna
che dura molto, e le vite son corte.    (v. 79-81)

Todas as vossas coisas têm a sua morte/ assim como vós; mas esconde-se em alguma/ que dura muito, e curtas são as vidas.

            Antes de arrolar as famílias florentinas notáveis então, que depois decairiam, Cacciaguida faz mais uma comparação: a da sorte variável de Florença (sua Fortuna, personalizada) com o vai e vem das marés,  influenciado pelos astros:

E come ‘l volger del ciel de la luna
cuopre e discuopre i liti sanza posa,
così fa di Fiorenza la Fortuna:

per che non dee parer mirabil cosa
ciò ch’ io dirò de li alti Fiorentini
onde è la fama nel tempo nascosa.    (v. 82-87)

E como o girar do Céu da Lua/ cobre e descobre as praias sem parar,/ assim faz a Fortuna com Florença:
pelo que não deve parecer coisa surpreendente/ isso que direi dos grandes florentinos,/ de quem a fama se perde no tempo. 


Salvador Dalì. 

            Na sequência, do v. 88 a 139, Cacciaguida passa a mencionar quais eram, então, as famílias ilustres de Florença. Inicia citando os Ughi, Catellini, Filippi, Greci, Ormanni e Alberichi, já em decadência em seu tempo. Cacciaguida também cita os dell’Arca, os della Sannella, Soldanieri, Ardinghi, Bostichi, “tão grandes quanto antigos” (/.../ così grandi come antichi- v. 91). E prossegue: “Perto da porta (Porta San Pietro) (9) que atualmente é sobrecarregada/ de nova felonia (traição) tão pesada/ que logo fará afundar o  barco” (ou seja, destruirá Florença) (Sovra la porta ch’ al presente carca/ di nova felonia di tanto peso/ che tosto fia iattura de la barca- v. 94-96) estavam os Ravignani (família já extinta no tempo de Dante, cujo chefe no tempo de Cacciaguida era Bellincione Berti) (10).  A “nova felonia” mencionada diz respeito à conduta dos Cerchi (referidos antes, no v. 65), aí residentes agora, líderes dos Guelfos Brancos, que falharam, por avareza e covardia, em defender a cidade contra o ataque dos Guelfos Negros (11).  Cita também os della Pressa, que “já sabiam como/ se deve governar” (Quel de la Pressa sapeva già conme/ regger si vuole, /.../- v.100-101) e afirma que “o Galigaio já tinha/ dourada guarda e pomo” (de espada) em sua casa (/.../ e avea Galigaio/ dorata in casa sua già l’elsa e ‘l pome- v. 101-102), símbolos da condição de cavaleiros (12).  

Cacciaguida continua citando outras famílias, a partir do v. 103. São  mencionados os Pigli (citados indiretamente, por uma referência heráldica), Sacchetti, Giuochi, Fifanti, Barucci, Galli “e aqueles que enrubescem pela fraude” (/.../ e quei ch’ arrossan per lo staio- v.105), i.e. os Chiaramontesi, identificados como se vê pelo delito praticado por um de seus membros, que fraudou na medida do sal (13). Também são mencionados os Calfucci e aqueles que “já eram elevados/ aos altos cargos” (/.../ già eran tratti/ a le curule /.../- v. 107-108), os Sizii e os Arrigucci.

São citados também indiretamente: 1) “esses que agora estão desfeitos/ pela sua soberba!” (/.../ quei che son disfatti/ per lor superbia! /.../- v.109-110), identificados como os Uberti (a mesma família de Farinata, personagem do canto X, do “Inferno”) (14);  2) os Lamberti, por uma outra referência heráldica: as “bolas douradas” (le palle de l’oro- v. 110) em campo azul-celeste de seu brasão); 3) os Visdomini e os Tosinghi, pois são eles os “pais” (ancestrais) daqueles que “sempre que vossa Igreja é vacante/ engordam, sentando-se em consistório” (/.../ sempre che la vostra chiesa vaca,/ si fanno grassi stando a consistoro- v. 113-114), i.e. enriquecem, quando fica vaga a sede episcopal de Florença, pois, encarregando-se de seus assuntos, apropriam-se dos recursos do bispado (15); 4) os Adimari, uma vez que é essa “A prepotente estirpe que se torna dragão/ atrás de quem foge e cordeiro/ a quem lhes mostra os dentes ou a bolsa” (L’oltracotata schiatta che s’indraca/ dietro a chi fugge, e a chi mostra ‘l dente/ o ver la borsa, com’ agnel si placa - v.115-117), identificada pela menção ao sogro de Ubertino Donato (Bellincion Berti), no v.120. O pai da esposa de Ubertino arranjou o casamento de outra filha sua com um membro da família Adimari, tornando-os aparentados de Ubertino, o que não agradou a este. A invectiva de Dante relaciona-se ao fato de que alguém dessa família (Boccaccino) obteve a posse dos bens do poeta, e por isso opunha-se ao seu chamado do exílio (16).  

Cacciaguida prossegue, citando ainda outras famílias, proeminentes em seu tempo mas decadentes (ou extintas) no tempo de Dante.  Cita as famílias gibelinas Caponsacco, Giuda e Infangato, hoje decadentes (v.121-123). Uma das portas da cidade tomava o nome della Pera, para a admiração do poeta (indicando que a família fora importante no passado). Em mais uma manifestação reveladora do reacionarismo de Dante (v. antes, crítica à Igreja porque se aliou ao povo que fez oposição aos senhores feudais, partidários do Imperador), ele critica que um membro daquelas famílias antigas se una hoje à plebe, famílias essas cujo brasão “porta a bela insígnia do grande senhor” (/.../ la bella insegna porta/ del gran barone /.../- v. 127-128) (ou seja, as armas de Hugo, o Grande, marquês da Toscana), que morreu em 1001 no dia da “festa de S. Tomás” (la festa di Tommaso- v. 129), 21 de dezembro, e que dele receberam a dignidade de cavaleiros (v. 130). O membro em questão que optou pelo lado do povo contra os poderosos, “aquele que adorna seu brasão com uma orla de ouro” (/.../ colui che la fascia col fregio- v. 132), é Giano della Bella, o principal autor dos “Ordinamenti di giustizia”, de 1293, que procurou enquadrar o comportamento dos nobres  (17). Os Gualterotti e os Importuni já viviam no Borgo (Santi Apostoli), que “seria mais tranquilo/ se dos novos vizinhos fosse privado” (/.../ saria Borgo più quïeto,/ se di novi vicin fosser digiuni- v. 134-135). Tais vizinhos eram os Buondelmonti (18). Essa foi “A casa que originou o vosso pranto” (La casa di che nacque il vostro fleto- v.136), o pranto dos florentinos, pois o rompimento do noivado de um de seus membros com uma jovem da família Amidei no último momento, causou o seu assassínio em 1216 pelos membros da família ultrajada. Foi a disputa entre essas duas famílias que originou as lutas civis em Florença. É por isso que o poeta se expressa nessa apóstrofe: “ó Buondelmonte, quanto mal fizeste/ ao fugir das bodas pelo conselho de outrem!” (o Buondelmonte, quanto mal fuggisti/ le nozze süe per li altrui conforti!- v. 140-141) (esta é identificada como Gualdrada Donati, que instigou o noivo ao rompimento para que casasse com uma de suas filhas). Melhor seria, diz ele, que Buondelmonte tivesse se afogado no rio Ema, “na primeira vez que vieste à cidade” (la prima volta ch’ a città venisti- v. 144) (19).  Como ele foi morto ao pé da estátua arruinada de Marte (a “pedra mutilada” citada abaixo) existente na ponte Vecchio, o poeta o considera como uma vitima sacrificada ao deus da guerra pela cidade de Florença (seu protetor no tempo dos romanos), quando o período de paz terminou, e iniciou o das lutas civis:

Ma conveniesi, a quella pietra scema
che guarda ‘l ponte, che Fiorenza fesse
vittima ne la sua pace postrema.    (v.145-147)

Mas convinha, àquela pedra mutilada/ que guarda a ponte, que Florença oferecesse/ uma vítima no final de sua paz.

            Cacciaguida conclui seu discurso (e o Canto) afirmando que com as famílias citadas, e outras, ele viu Florença tranquila, sem razão para chorar. E finaliza assim:

Con queste genti vid’io glorioso
e giusto il popol suo, tanto  che ‘l giglio
non era ad asta mai posto a ritroso,

né per divisïon fatto vermiglio.     (v. 151-154)

Com essa gente vi eu glorioso/ e justo o povo seu, tanto que o lírio/ não foi jamais posto ao contrário na haste/
nem feito vermelho pela dissenção. 

Em seu tempo, a bandeira de Florença, um lírio branco num campo vermelho, jamais foi arrastada e levada ao contrário no mastro, como sinal de humilhação, o que parecia ser uma prática da época adotada pelo vencedor.  Nem a cor do lírio mudara. Mas depois da derrota dos gibelinos em 1251 na guerra de Pistoia, quando os guelfos assumiram o poder, essa bandeira passou a ter suas cores invertidas: um lírio vermelho em campo branco (20). Os versos sugerem que a mudança de cor do lírio deve ser atribuída ao sangue derramado nessa luta fraticida... Note-se que tanto o primeiro quanto o último verso deste Canto referem-se ao sangue (20)


Amos Nattini 
NOTAS


(1) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986, p.194.  Cf também
MARTINS, Cristiano— Dante Alighieri- “A Divina Comédia”. Tradução, introdução e notas de Cristiano Martins. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1989, segundo volume, p. 415, nota.

(2) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert & Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander.  Doubleday, 2007, p.395.

(3) Id. ib, p. 396.

(4) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam Books, 1986- p.368.

(5) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.368.

(6) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy-- Volume 3: Paradise”, op cit, p.195. 

(7) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.368;  HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 398. 

(8) MERLO, Luis Martínes de – “Divina Comedia”- Dante Alighieri. Edición de Giorgio Petrocchi. Traducción y notas de Luis Martínes de Merlo. 14ª ed., Madrid: Cátedra, 2012.

(9) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.369.   

(10) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy-- Volume 3: Paradise”, op cit, p.198.

(11) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 400.

(12) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara Reynolds.  Penguin Books, 1971, p. 202.

(13) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.369.   

(14) Id. ib., p.369.

(15) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi.  New American Library, 2003, p.739.

(16) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 401.

(17) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.370; HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 401..   

(18) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.370.

(19) Id. ib., p. 370.

(20) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.370; HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 403.
  
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Para ouvir o Canto XVI:

https://www.youtube.com/watch?v=VaPfkZlEBWA

(acessado em 16.09.20)  

 

 




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