sexta-feira, 6 de março de 2020

CANTO XXVII



 PARAÍSO


Canto XXVII


  
            O Canto inicia por uma cena de regozijo geral, em que todo o Paraíso canta um hino em louvor “Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo” (Al Padre, al Figlio, a lo Spirito Santo- v. 1). Dante se inebria com esse “doce canto” (dolce canto- v. 3) e considera o que vê como um “sorriso do universo” (un riso/ de l’universo- v. 4-5). Afirma que então sua “embriaguez” (ebbrezza- v.5) “entrava pelo ouvido e pela vista” (intrava per l’udire e per lo viso- v.6). 


Gustave Doré

            Refere-se, em seguida, às “quatro tochas” (le quattro face- v. 10) acesas que ali estavam, i.e. os lumes de S. Pedro, S. Tiago, S. João e Adão. Aquele que veio primeiro, ou seja, S. Pedro, “começou a brilhar mais intensamente” (incominciò a farsi più vivace- v.12). Dante compara essa mudança à da cor de dois planetas-- como se Júpiter (de brancura prateada) se transformasse em Marte (de ígnea vermelhidão) (1). Acrescenta ainda esta  comparação: os planetas eram como se “fossem pássaros que intercambiassem as plumagens” (fossero augelli e cambiassersi penne- v. 15).

            Esse brilho mais intenso reflete a sua revolta pela situação da Igreja naquela época. Depois da Providência impor silêncio aos “santos coros” (beato coro- v.17), Pedro passa a se manifestar. Inicia dizendo que assim como ele muda de cor, todos ali também vão mudar enquanto ele fala. Critica então violentamente o papa de então (em 1300) nestes termos: “Aquele que usurpa na terra o meu lugar” (Quelli ch’usurpa in terra il luogo mio- v.22) (Bonifácio VIII)

fatt’ha del cimitero mio cloaca
del sangue e de la puzza; ond’l perverso
che cadde di qua sù, là giù si placa   (v. 25-27)

fez de minha tumba uma cloaca/ de sangue e de fedor, onde o perverso (Lúcifer) que caiu daqui lá embaixo se compraz 

            (S. Pedro foi morto e sepultado em Roma, segundo os comentaristas) (2).

            Todo o céu se cobre então da cor (avermelhada) com que o sol “pinta as nuvens na aurora e no ocaso” (nube dipigne da sera e da mane- v.29). Também Beatriz muda de aparência, é comparada à dama honesta que ruboriza, ou “se envergonha, apenas escutando sobre a falha de outra” (/.../ e per l’altrui fallanza,/ pur ascoltando, timida si fane- v. 32-33). Dante associa tal mudança geral de coloração ao eclipse que ocorreu no céu quando Cristo foi crucificado, mencionado no evangelho de S. Mateus (27:45) (3).    

            Os versos seguintes (v.40-66) contêm uma crítica contundente de S. Pedro, o primeiro papa, à Igreja (“a esposa de Cristo”: sposa di Cristo- v. 40) em 1300. Menciona diversos papas que o sucederam (Lino, Cleto, Sixto, Pio, Calixto e Urbano), todos martirizados, como ele próprio. Afirma que eles não verteram seu sangue para a  Igreja  “conquistar ouro/  mas esta vida de deleite”  (per essere ad acquisto d’oro usata;/ ma per acquisto d’esto viver lieto- v. 42-43), a do Paraíso.   

            A divisão entre os fiéis da Igreja por motivo político também é criticada. Com relação aos dois grupos rivais, Guelfos e Gibelinos, o papa de então, Bonifácio VIII, tomava partido, apoiando aqueles e perseguindo estes (4). Por isso, S.Pedro diz que eles -- os papas citados da Igreja primitiva -- não queriam a divisão do “povo cristão” (popol cristiano- v.48). Também não queriam, continua, “que as chaves que me foram confiadas” (/.../ le chiavi che mi fuor concesse- v.49) -- as chaves do reino dos céus a ele conferidas por Cristo, conforme o evangelho de S. Mateus (16:19) (5) – “se tornassem símbolo na bandeira/ que combatesse contra batizados” (divenisser signaculo in vessilo/ che contra battezzati combattesse- v. 50-51), ou cristãos. Os comentaristas referem-se aqui à guerra empreendida por Bonifácio VIII contra a família Colonna, que contestou a legitimidade de sua posse (já no “Inferno” XXVII, v.85-90, Bonifácio -- esse “príncipe dos modernos fariseus” (Lo principe d’i novi Farisei)-- é criticado por considerar inimigos cristãos e não judeus ou muçulmanos). (6)   

            S.Pedro diz que se envergonha e se revolta contra o uso de sua “imagem nos sinetes/ de privilégios vendidos e falsos” (/.../ figura di sigillo/ a privilegi venduti e mendaci- v. 52-53).  E continua em sua crítica à Igreja, pedindo a intervenção divina:

In vesta di pastor lupi rapaci
si veggion di qua sù per tutti i paschi:
o difesa di Dio, perché pur giaci?    (v. 55-57)

Em vestes de pastor lobos vorazes/ se veem daqui de cima por todos os pastos:/ ó socorro divino, por que não ages?

L. Veneziano-  Martírio de S.Pedro
            S. Pedro, falando ainda em nome dos martirizados papas da Igreja primitiva (do “bom começo” da Igreja (buon principio- v.59), que decaiu a um “fim ignóbil” (vil fine- v.60), afirma que “Do nosso sangue Caorsinos e Gascões/ se preparam para beber” (Del sangue nostro Caorsini e Guaschi/ s’apparecchian di bere /.../- v.58-59), uma alusão aos papas futuros (com relação a 1300, mas já conhecidos por Dante na época da elaboração do “Paraíso”). Esses sucessores de Bonifácio VIII estavam sediados em Avignon, na França, um era natural da Gasconha (Clemente V)  e outro, de Cahors (João XXII).  S.Pedro confia na iminente intervenção da Providência, “que com Cipião/ assegurou a Roma a glória do mundo” (che con Scipio/ difese a Roma la gloria del mondo- v. 61-62). Essa menção a Cipião Africano, vencedor de Aníbal, o cartaginês, na II Guerra Púnica (7), tem por objetivo naturalmente lembrar a importância histórica de Roma, enaltecendo-a como sede do Império e principalmente do papado, em detrimento de Avignon. Por fim, S.Pedro conclui sua fala recomendando a Dante, que “ainda retornarás lá para baixo” (ancor giù tornerai /…/- v.65), dizer tudo o que lhe declarou.   
            Na sequência, Dante informa que as almas que ali estavam, no 8º céu, retornam para o Empíreo, passando pelo Primum Mobile (8). Isso ele diz utilizando esta comparação (em que a sonoridade dos versos originais se apoia na repetição de certos fonemas): como caem os flocos de neve “quando o corno/ da Cabra toca o Sol” (/.../ quando ‘l corno/ de la capra del ciel col sol si tocca-  v. 68-69), i.e, quando o Sol está na casa de Capricórnio entre 21 de dezembro e  21 de janeiro (inverno, no hemisfério Norte) (9), assim ele vê flocos que subiam,  em vez de descerem, “depois de estarem aqui conosco” (che fatto avien con noi quivi soggiorno- v.72). 
           
            Dante segue a ascensão de tais almas do 8º céu enquanto pode, após o que Beatriz lhe pede para baixar os olhos e ver quantos céus  ele já percorreu. Desde quando olhara para baixo a primeira vez (cf. Canto XXII), Dante vê “que atravessara todo o arco/ que faz do meio ao fim o primeiro clima” ( i’ vidi mosso me per tutto l’arco/ che fa dal mezzo al fine il primo clima- v. 80-81). “Clima” corresponde a um setor da  superfície do hemisfério Norte, a Terra então habitável, dividida pelos antigos geógrafos em sete setores horizontais, a partir do equador. O “arco” referido corresponde a 90º, um quarto da circunferência terrestre, metade da extensão de um clima. O primeiro clima, o mais próximo do equador, começava no meridiano do Ganges, tinha seu centro em Jerusalém e terminava no meridiano de Cádiz. Dante percebe que foi  transportado do meridiano de Jerusalém ao de Cádiz (10). Ele diz:

/.../ io vedea di là da Gade il varco
folle d’Ulisse, e di qua presso il lito
nel qual si fece Europa dolce carco  (v. 82-84)

/.../ eu via, além de Cádiz, a rota/ insensata de Ulisses, e de outro lado, quase via a praia/ na qual Europa tornou-se doce carga

ou seja, ele via, de um lado, o extremo-oeste do mundo então conhecido, onde Ulisses naufragou (conforme o episódio relatado no canto XXVI do “Inferno”), e de outro, quase podia ver o litoral da Fenícia, no extremo-leste do mar Mediterrâneo, onde Júpiter, de acordo com a mitologia clássica, transformou-se  em touro e carregou para Creta a ninfa Europa, por quem se apaixonara (11).  Mais dessa faixa de terra Dante teria visto, diz ele, “se o Sol não avançasse/ sob meus pés mais de um signo zodiacal” ( /.../ ma ‘l sol procedea/ sotto i mie’ piedi un segno e più partito- v. 86-87). Ou seja, o Sol está adiante de Dante, em Áries. O poeta está em Gêmeos. Entre os dois signos, situa-se Touro (12). 

            Dante retorna os olhos para Beatriz, para a sua “beleza divina que refulgiu/ quando me voltei para o rosto sorridente dela” ( ver’ lo piacer divin che mi refulse,/ quando mi volsi al suo viso ridente-  v. 95-96). Perto dessa beleza, diz o poeta, não é nada a da natureza (corpo humano) e da arte (pintura). 

E la virtù che lo sguardo m’indulse,
del bel nido di Leda mi divelse
e nel ciel velocissimo m’impulse.   (v. 97-99)

E o poder que seu olhar me concedeu/ me afastou do belo ninho de Leda/ e me lançou no céu mais veloz.

            Assim, pela força do olhar de Beatriz, Dante é elevado do 8º céu, o das Estrelas Fixas -- ou da constelação de Gêmeos -- para o “céu mais veloz”, o Primum Mobile, que impulsiona todos os outros. Dante chama a constelação de Gêmeos de “o belo ninho de Leda” porque, conforme a mitologia, Leda é mãe dos gêmeos Castor e Pólux, nascidos de um ovo, pois ela foi fecundada por Júpiter, transformado em cisne (13). 

            Dante não sabe dizer por onde entrou nesse 9º céu, pois suas partes, “vivíssimas e altíssimas” (vivissime ed eccelse- v. 100), são todas uniformes. Beatriz, percebendo o “desejo” (disire- v. 103) dele de saber mais sobre o lugar onde está, começa sua fala, que se estende do v. 106 até o 148, o último do Canto.

            Beatriz inicia referindo-se à “natureza do universo” (La natura del mondo, /.../- v. 106), “que mantém/ o centro parado e move todo o restante em torno”  (/.../ che quïeta/ il mezzo e tutto l’altro intorno move- v. 106-107). Tal movimento principia aqui, neste novo céu. Sua concepção assim é a ptolomaica, da ciência da época, em que a Terra ocupava o centro do universo e os astros giravam em torno dela.

            O Primum Mobile deriva da “mente divina na qual se acende/ tanto o amor que o faz girar quanto a força que ele chove” (/.../ la mente divina, in che s’accende/ l’amor che ‘l volge e la virtù ch’ei piove- v.110-111). Está contido no Empíreo, a residência de Deus: “Luz e amor o contêm/ assim como ele contém os outros céus” (Luce e amor d’un cerchio  lui compreende,/ sì come questo li altri; /.../- v.112-113).

            O poeta, curiosamente, ilustra essa determinação com a de uma operação matemática (5 x 2 = 10), como se vê na comparação abaixo:

Non è suo moto per altro distinto,
ma li altri son mensurati da questo,
sì come diece da mezzo e da quinto;  (v. 115-117)

Seu movimento não é determinado por outro céu,/ mas os outros o são por este,/ assim como a metade e o quinto determinam dez.

            Beatriz afirma ainda que “o tempo tem neste vaso/ suas raízes e nos outros, as folhas” (e come il tempo tegna  in cotal testo/ le sue radici e ne li altri le fronde- v. 118-119). Ou seja, o tempo, como a raiz de uma árvore, tem sua origem oculta neste céu (no Primum Mobile), enquanto os outros céus carregam suas “folhas”, i.e. os planetas e estrelas, observados por nós (14). Como sabemos, o tempo é função do movimento dos astros (15).

      Prosseguindo, Beatriz faz uma crítica violenta à cobiça dos seres humanos. Inicia identificando-a com o mar, nesta metáfora: 

Oh cupidigia, che i mortali affonde
sì sotto te, che nessuno ha podere
di trarre li occhi fuor de le tue onde!   (v. 121-123)

Ó cupidez, que os mortais tanto afundas/ em suas águas profundas de modo que nenhum tem o poder/ de erguer os olhos para fora das tuas ondas! 

            No início da vida, a vontade humana “bem floresce” (Ben fiorisce /.../- v. 124). “Mas a chuva constante (i.e. a influência perniciosa do meio) transforma/ em frutas estragadas as ameixas boas” (ma la pioggia continüa converte/ in bozzacchioni le sosine vere- v.125-126). Ocorre aqui, como se vê, uma nova incidência de imagens inspiradas pela flora. Em seguida, ela afirma: enquanto são meninos, possuem ”fidelidade e inocência” (Fede e innocenza -v. 127), mas depois, quando suas faces se cobrem de barba, essas características fogem deles. Cita ainda estes exemplos: no início, jejuam, depois devoram “qualquer alimento em qualquer lua” (poi divora /.../ qualunque  cibo per qualunque luna- v. 132-133), i.e. em qualquer época do ano, inclusive na Quaresma e outros dias de jejum (16).  No início, amam e escutam sua mãe, depois querem vê-la morta.
            Beatriz pede para Dante considerar “que na terra falta quem governe/ pelo que a família humana se extravia” (pensa che ’n terra non è chi governi;/ onde si svïa l’umana famiglia- v.140-141). O poeta reafirma aqui, pela voz de Beatriz, sua convicção de que esse mal decorre da vacância do papado, aos olhos de Cristo, e da falta de um imperador, quanto aos assuntos temporais (17).
            Beatriz conclui sua fala (e o Canto) utilizando um recurso de retórica. Ela expressa a esperança na intervenção divina “antes que janeiro desinverne” (Ma prima che gennaio tutto si sverni- v. 142), i.e. antes que janeiro (no hemisfério Norte) deixe a estação do inverno e passe para a primavera, a persistir o erro do calendário juliano então em vigor, estimado na centésima parte de um dia (“pela centésima parte do dia negligenciada lá embaixo”: per la centesma ch’ è là giù negletta- v. 143) (esse erro seria corrigido mais tarde, em 1582, pelo calendário gregoriano) (18).
            Assim, “antes que janeiro desinverne”, diz ela, virá uma “tempestade” (fortuna- v. 145; essa tradução, segundo Hollander, está de acordo com o   sentido medieval da palavra) (19) “que voltará as popas para onde estão as proas/ de modo que a frota correrá na direção correta;/ e o bom fruto virá depois da flor” (le poppe volgerà u’ son le prore,/ sì che la classe correrà diretta;/ e vero frutto verrà dopo ‘l fiore- v. 146-148).  Desse modo, com a intervenção divina suprindo aquela necessidade de um bom governo, a “frota” (classe- v.147) -- metáfora da humanidade ou da “família humana” mencionada no v. 141 -- avançará na boa direção.  


NOTAS


(1) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam Books, 1986- p.408. 

(2) Id. ib, p. 408. 

(3) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986, p.324.

(4) LONGNON, Henri- “La Divine Comédie”. Traduction, préface, notes et commentaires par Henri Longnon. Paris: Garnier, 1951, p. 684.

(5) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 409.   

(6) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Inferno”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Allen Mandelbaum, Gabriel Marruzzo with Laury Magnus. Bantam Books, 1982- p. 383; SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara Reynolds.  Penguin Books, 1971, p.298.   

(7) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p 325.

(8) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 298. .

(9) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 409.

(10) LONGNON, Henri- “La Divine Comédie”. Traduction, préface, notes et commentaires par Henri Longnon. Paris: Garnier, 1951, p. 685.

(11) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p 326.

(12) CIARDI, John- “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi.  New American Library, 2003, p. 629.  Para a identificação de Beatriz com a Verdade Revelada, p. 840.

(13) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 410.   

(14) CIARDI, John- “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”, op cit, p. 840-841.

(15) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 410.   

(16) CIARDI, John- “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”, op cit, p. 841.

(17) LONGNON, Henri- “La Divine Comédie”. Traduction, préface, notes et commentaires par Henri Longnon. Paris: Garnier, 1951, p. 686.

(18) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 410.  

(19) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert & Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander.  Doubleday, 2007, p. 678. MANDELBAUM, op cit, p. 249, traduz “fortuna” por “Providência”.
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-Para ouvir o Canto XXVII:

https://www.youtube.com/watch?v=FMqSjGkUSjY

(acessado em 13.10.20)


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