PARAÍSO
Canto XII
Tão
logo Tomás de Aquino, “a bendita chama”
(la
benedetta fiamma- v. 2),
encerrou sua fala, a roda daquelas luzes, formada pelos espíritos sábios, começou
a girar de novo; e antes que esta completasse seu giro, outra roda de luzes a
circundou, unindo seu movimento e canto ao movimento e canto da
primeira. O poeta diz que esse canto
celeste é superior aos cantos terrenos mais sublimes imaginados pelos homens, e
faz outra comparação de superioridade:
canto che tanto vince nostre muse,
nostre serene in quelle dolci tube,quanto primo splendor quel ch’e’ refuse. (v. 7-9)
canto que tanto vence nossas musas,/ nossas sereias em suas doces vozes,/ quanto a luz direta vence a reflexa.
Segundo a mitologia clássica, as musas eram nove divindades irmãs que
presidiam as artes enquanto as sereias eram
seres mistos -- metade mulher, metade pássaro -- que com seu canto cativante atraíam
os marinheiros para as ilhas rochosas em que viviam, causando a desgraça deles (1).
Na sequência, “as duas guirlandas” (le due ghirlande- v. 20) que giram em torno de Dante e
Beatriz são comparadas a um arco-íris duplo, sendo o segundo arco entendido
como reflexo ou “eco” do primeiro. Dante recorre aqui novamente à mitologia,
referindo-se à ninfa errante (chamada Eco) que se consumiu por causa de seu
amor não correspondido por Narciso, restando dela somente a voz:
nascendo di quel d’entro quel di fori,
a guisa del parlar di quella vaga
ch’ amor consunse come sol vapori (v.13-15)
nascendo
o arco de fora do de dentro/ como o eco da voz daquela ninfa errante/ que o
amor consumiu como sol, a neblina
Gustave Doré |
Assim, "a (guirlanda) externa imitava
a interna” (e
sì l’estrema a l’intima rispuose- v. 21).
Antes, no v. 12, o poeta já fizera mais uma referência mitológica quando
afirmou que Juno, senhora do Olimpo, enviara à Terra a “sua serva” (sua
ancella) (i.e Íris, deusa
do arco-íris). Há ainda nessa passagem também uma referência bíblica, quando os
versos nos lembram que os arcos-íris estão associados ao “pacto que Deus fez com Noé” (per lo patto che Dio con Noè puose- v. 17), assegurando que nunca mais ocorrerá
outro dilúvio.
Depois, a dança e o canto param e “do coração de uma das luzes novas/ se ouviu
uma voz” (del
cor de l’una de le luci nove / si mosse voce, /.../- v. 28-29). Dante diz que se volta para ela como “agulha à Estrela Polar” (l’ago a la stella- v.
29), uma referência
implícita à bússola. Essa voz é de S.Boaventura, que só se identificará mais
adiante, no v.127. Tal franciscano fará agora o elogio do dominicano
S.Domingos, assim como no canto anterior um dominicano, S.Tomás de Aquino, fez
o elogio de S.Francisco, indicando que
no Paraíso as divergências terrenas entre as duas ordens religiosas não
existem. Aliás, os comentaristas ressaltam o paralelismo em vários aspectos
deste canto XII com o canto XI (2).
S. Boaventura justifica do modo seguinte
o elogio que vai fazer agora de S.Domingos, uma vez que o de S.Francisco já foi
feito: “Justo é que, onde está um, o outro se introduza” (Degno è che, dov’ è
l’un, l’altro s’induca- v. 34)
para que “assim sua glória brilhe
conjuntamente” (così
la gloria loro insieme luca- v. 36).
Dizem os versos: como “as fileiras de Cristo” (L’essercito di
Cristo- v. 37), ou seja,
os membros da Igreja Católica, “se moviam
lentas, hesitantes e escassas” (si movea tardo, sospeccioso e raro- v. 39) atrás da insígnia (dietro a la ’nsegna-
v. 38), i.e. da cruz), Deus
ajudou essa milícia, “só pela graça, não
por seu mérito” (per
sola grazia, non per esser degna- v. 42).
“Socorreu a sua esposa” (a Igreja) (“/.../ a sua sposa
soccorse- v. 43) “com dois campeões cuja ação e pregação/
fizeram o povo disperso congregar-se” (con due campioni, al cui fare, al cui dire/
lo popol disvïato si raccorse- v. 44-45).
Os dois campeões são naturalmente os dois santos citados. A “ação” mencionada é
a de benemerência por parte dos franciscanos, baseada na caridade ou no amor, e
a “pregação”, que se baseia na razão, é aquela exercida por parte dos
dominicanos (cuja ordem também é conhecida como a dos Pregadores).
S. Boaventura então inicia sua fala
situando geograficamente a região de nascimento de S. Domingos, “Naquela parte da Terra de onde surge/ o
gentil Zéfiro” (o vento oeste) (In quella parte ove surge /.../ Zenfiro dolce
/.../- v.46-47), na extremidade
ocidental da Europa (e do mundo então conhecido), ou seja a Espanha. É aí que a
primavera primeiro surge (por isso, a menção às “novas folhas” (le novelle fronde- v.47) de que o continente se reveste) e é também aí que se situa
Calaruega, local de nascimento do santo:
dentro vi nacque l’amoroso drudo
de la fede cristiana, il santo atleta
benigno a’ suoi e a’ nemici crudo; (v.55-57)
ali
nasceu o amoroso vassalo/ da fé cristã, o santo atleta/ bom para os seus, áspero
com os inimigos;
Nesse terceto, em que se destaca a
atuação futura de S.Domingos contra os heréticos, “atleta” deve ser entendido
como “combatente” (3).
Antes, os versos disseram que
Calaruega está “sob a proteção do grande
escudo/ em que o leão é dominado e domina” (sotto la protezion del grande scudo/
in che soggiace il leone e soggioga- v.
53-54), ou seja, está sob
a proteção da Casa de Castela, cujo escudo, dividido em quartéis, apresenta em um lado um castelo sobre um leão
(este é dominado), e no outro um leão sobre um castelo (aquele é dominador),
ambos associados aos reinos de Castela e de Leão (4).
Escudo de Castilla y León. |
Seguem-se menções a episódios da vida
de S. Domingos (1170-1221), supostamente pertencente à nobre família Guzmàn,
cujos pais se chamavam Felix e Joana. Ele ingressou na universidade de Palencia
aos 14 anos e aí estudou teologia por dez ou doze anos. Fundou a ordem dos
Pregadores em 1215. Ainda no ventre
materno, consta que sua mãe sonhou que dava à luz um cão preto e branco o qual mantinha na boca
uma tocha ardente a qual incendiava o mundo (5). Preto e branco tornaram-se as
cores dos hábitos dos frades dominicanos, e a tocha passou a simbolizar o zelo
da pregação do santo (6). Essas informações nos permitem entender porque sua
mãe grávida é chamada de “profetisa” nos versos abaixo. Ela passa a deter essa
capacidade em consequência da influência exercida, ainda em seu ventre, pela
“força” da mente recém-formada do santo:
e come fu creata, fu repleta
sì la sua mente di viva vertute
che, ne la madre, lei fece profeta (v. 58-60)
e assim
que foi criada, tão repleta/ ficou sua mente de viva força/ que ainda na mãe a
fez profetisa
Aliás, aquele sonho relaciona-se
também ao antigo trocadilho com o termo “dominicano”: Domini
canes, os cães do Senhor (7).
Outro episódio biográfico, relacionado
ao batismo de Domingos, é referido indiretamente na sequência. Diz respeito a sua
madrinha (aquela que consentiu por ele, no ato do batismo, em resposta à
pergunta se queria ser batizado). Ela viu em sonho o afilhado com uma estrela
brilhando na testa, iluminando o mundo (8).
Dante se expressa assim:
la donna che per lui l’assenso diede,
vide nel sonno il mirabile frutto
ch’uscir dovea di lui e de le rede; (v. 64-66)
a dama
que deu consentimento por ele/ viu em sonho o fruto admirável/ que devia
resultar dele e dos seus herdeiros
Antes, os versos afirmaram que o
batismo de S. Domingos significou o seu “casamento” com a Fé. Esse é mais um ponto
a salientar quanto ao paralelismo deste canto com o anterior, onde se disse que
S. Francisco se “casou” com a Pobreza.
No batismo, a criança recebeu o nome
de “Dominicus”, possessivo de “Dominus”, que quer dizer “do Senhor” (9). Assim,
ele foi nomeado “com o possessivo de quem
ele era inteiramente” (del possessivo di cui era tutto- v. 69).
Após menção a episódios de sua
infância, em que “Muitas vezes,
silencioso e desperto/ foi encontrado no chão pela sua nutriz” (Spesse fïate fu
tacito e desto/ trovato in terra da la sua nutrice- v. 76-77),
o poeta explora também o significado do nome dos pais de S. Domingos: Felice
(Felix, em latim) e Giovanna, afirmando que o pai é “verdadeiramente feliz” (veramente Felice- v. 79), naturalmente por ter tido esse
filho (assim como se disse que Calaruega é “afortunada”
(fortunata-
v.52), por ter sido a
cidade natal do santo). Quanto à mãe, ela é “verdadeiramente Joana” (veramente Giovanna- v. 80), subentendendo Dante que o leitor
conheça o significado desse nome na língua hebraica-- “cheia da graça” ou
“graça de Deus” (10).
S.Domingos dedica-se depois aos
estudos “Não pelo mundo, pelo qual agora
os homens se empenham” (Non per lo mondo, per cui mo s’affanna- v. 82) (...) “mas por amor ao verdadeiro maná” (ma per amor de la verace manna- v. 84). Há aqui uma crítica do poeta dirigida
ao estudo utilitarista que ele constatava então. As pessoas então se
interessavam pelo Direito, como o “Ostiense”
citado no v.83 (cardeal de Óstia, autor de uma obra de comentários sobre os
decretos papais, cujo estudo substituía o das Sagradas Escrituras), ou pela
Medicina, como Taddeo (Alderotti) (v.83), interessado no ganho material
proporcionado por esse estudo (11).
Em pouco tempo, S. Domingos se torna “um grande professor” (gran dottor- v. 85) e se põe “a cuidar da vinha” (a circüir la vigna- v. 86), metáfora da Igreja, “que logo seca se o vinhateiro é negligente”
(che
tosto imbianca, se ‘l vignaio è reo- v.87),
uma crítica velada ao papa, que em 1300 era
Bonifácio VIII.
Na sequência, Dante, pela voz de S. Boaventura,
faz uma critica explícita ao ocupante da sede pontifícia (v.89-90), referindo-se
às práticas usuais da época. Afirma que S.Domingos não pediu ao papa, como
certamente faziam (e eram atendidos) outros religiosos, para distribuir só “dois ou três em vez de seis” (/.../ o
due o tre per sei- v.91), “nem o primeiro
benefício vacante” (non
la fortuna di prima vacante- v.92)
nem pediu para seu uso os dízimos da renda “que são dos pobres de Deus” (/.../ decimas, quae sunt pauperum Dei- v.93) mas
sim “licença para combater” (licenza di combatter /.../-
v. 95) os heréticos. Dessa
“semente” (seme- v.95), diz S. Boaventura a Dante, “nasceram as vinte e quatro plantas que te
circundam” (del
qual ti fascian ventiquattro piante- v.96). A metáfora da semente, aqui,
relaciona-se à boa doutrina -- a doutrina ortodoxa, pela qual se bateu o Santo
-- que dará frutos naquelas “plantas’, ou melhor, naqueles espíritos sapientes
que formam as duas rodas que circundam Dante e Beatriz.
E assim partiu S. Domingos para a
tarefa a que se propusera:
/.../ si mosse
quasi torrente ch’ alta vena preme;
e ne li sterpi eretici percosse
l’impeto suo, più vivamente quivi
dove le resistenze eran più grosse. (v. 98- 102)
partiu,/
como torrente que brota de alta fonte;
e as
matas heréticas golpeou/ mais fortemente ali/ onde a resistência era maior.
Essa
era a região de Provence, no sul da França, onde estava mais difundida a heresia dos albigenses ou cátaros (12).
Amos Nattini |
O poeta prossegue explorando esse
filão vegetal afirmando que de S.Domingos se originaram vários córregos (i.e.
os discípulos) (13) “que o jardim
católico irrigam/ de modo a deixar seus arbustos mais vivos” (onde l’orto católico si
riga,/ sì che i suoi arbuscelli stan più vivi-
v.104-105).
Ao concluir o elogio a S. Domingos, S.
Boaventura invoca agora uma imagem
bélica, a da biga, um antigo carro de combate de duas rodas geralmente puxado
por dois cavalos (14). Uma das rodas da biga “com a qual a Santa Igreja se defendeu” (in che la Santa Chiesa
si difese- v. 107) é associada
à atuação militante dos dominicanos. A outra roda é associada à dos
franciscanos. São as duas ordens fundadas no século XIII cujos fundadores
recomendavam o “primeiro conselho que deu
Cristo” (/.../
primo consiglio che diè Cristo- v. 75),
o da pobreza, conselho não seguido pelas outras (ricas) ordens da Igreja.
Ma l’orbita che fé la parte somma
di sua circunferenza, è derelitta,
sì ch’è la muffa dov’era la gromma. (v.112-114)
Mas a
trilha feita pela suma parte (S.Francisco)/ dessa circunferência é agora abandonada/ de modo que há mofo onde havia
crosta.
Na pipa de vinho, segundo os
comentaristas, o produto de boa qualidade deixa uma crosta, diferentemente do
de má qualidade. A situação atual da ordem franciscana é, assim, comparada
implicitamente a essa pipa, em que o mofo substituiu a crosta...
A partir desse ponto, o franciscano S.
Boaventura inicia desse modo sua crítica à situação atual de sua própria ordem,
mais um aspecto a destacar do paralelismo deste canto com o anterior, pois lá
também o dominicano S. Tomás, nessa altura, criticava a situação presente da ordem
dos Pregadores.
A “família”
(famiglia-
v. 115) franciscana não
segue mais as pegadas de Francisco do modo adequado, e sim invertidamente.
Esses franciscanos desviados são “o joio”
(il
loglio- v.119) que “se lamentará por ser excluído do celeiro”
(si
lagnerà che l’arca li sia tolta- v. 120),
uma metáfora de seu julgamento futuro pelo tribunal divino.
No “livro” (nostro
volume- v. 122) da ordem,
que abrange todos os seus membros, ainda existem os bons seguidores do
fundador, pois pode-se ler em algumas de suas páginas -- “Eu sou aquele que sempre fui” (/.../ ‘I’ mi son quel ch’i’ soglio’- v.123).
Mas essa gente não será de Casale nem de Acquasparta (v. 124), não será
formada por aqueles que, em relação à Regra da ordem, “a relaxam, ou a tornam mais severa” (ch’uno la fugge e altro la coarta- v.
126). Esses versos
remetem ao conflito então existente entre duas concepções relativas à vida
franciscana, a dos “Conventuali” e a dos “Spirituali” (15). Matteo
d’Acquasparta, que foi geral da ordem, propôs relaxar certas disposições da
Regra definida por S.Francisco. Porém Ubertino da Casale, líder dos
“espirituais”, se opôs a isso, uma vez que radicalizara seu franciscanismo, adotando
uma concepção muito mais rígida e severa, que chegou inclusive a ser condenada
pelo papa em 1317, sendo Casale mais tarde acusado de heresia (16). Os bons
seguidores de S. Francisco serão assim os que seguem a Regra, sem adotar
nenhuma dessas duas posições.
No v. 127, aquele que fala se
auto-identifica: é a alma de Boaventura de Bagnoregio. Trata-se de S. Boaventura (1221-1274), que foi
professor de filosofia e teologia e geral da ordem dos franciscanos, sendo
considerado um dos doutores da Igreja, com o título “Doctor Seraphicus” (17).
O canto conclui com a enumeração que
ele faz dos demais onze espíritos luminosos integrantes da segunda roda
circundante (18): os franciscanos Illuminato
e Agostinho, que “foram dos primeiros pobrezinhos descalços”
(che
fuor de’ primi scalzi poverelli- v. 131); Hugo de
S. Victor, místico e teólogo do século XII, pertencente a essa abadia perto
de Paris, então centro de misticismo; Pedro
Mangiadore, devorador de livros, daí o seu apelido, falecido em S. Victor
em 1179, autor de uma história da Igreja; Pedro
Hispano, o papa português João XXI, nascido em Lisboa c. 1225, autor de um
manual de lógica em doze volumes; o profeta bíblico Natan, que censurou o rei Davi por provocar a morte do marido de
Betsabé para poder casar com ela; o patriarca metropolitano e arcebispo de
Constantinopla S. João Crisóstomo
(c.345-407); Anselmo, arcebispo de
Canterbury de 1093 a 1109, ano em que faleceu; Donato,
“que à arte primeira dedicou-se” (ch’a la prim’arte
degnò porre mano- v. 138), ou Aelius Donatus, um erudito
romano do século IV, autor de uma gramática latina muito usada na Idade Média (a
gramática era a primeira das setes artes liberais da educação medieval); Rabano ou Rabanus Maurus (c.776-856), arcebispo de Mainz, erudito,
comentador da Bíblia; e o abade Joaquim de
Fiore (“de espírito profético dotado”:
di
spirito profético dotato- v. 141)
(c.1145-c.1202), natural da Calábria. Segundo outro comentarista (19), a doutrina dele, derivada de uma interpretação mística da Bíblia, exerceu forte
influência sobre os franciscanos “espirituais”. Porém muitas de suas ideias foram condenadas
pela Igreja.
NOTAS
(1) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante
Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony
Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam
Books, 1986- p.352
(2) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert &
Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander. Doubleday, 2007, p. 303-304.
(3) ZOLI, M. e ZANOBINI, F.- “La Divina
Commedia: a cura di M.Zoli e F.Zanobini. Inferno. Purgatorio. Paradiso”.
Bulgarini, 2013, p. 823.
(4) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 292.
(5) Id. ib, p. 291.
(6) MANDELBAUM, Allen-
“The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.353.
(7)
HOLLANDER,
Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 293.
(8) MANDELBAUM, Allen-
“The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.353.
(9) Id. ib., p. 353.
(10) Id. ib., p. 354.
(10) Id. ib., p. 354.
(11) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The
Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara
Reynolds. Penguin Books, 1971, p. 164.
(12) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p.355. Cf também HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante
Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 297.
(13) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante
Alighieri- Paradiso”, op cit, p.355.
(14) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated
with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986,
p. 154.
(15) MAGUGLIANI, Lodovico— Dante
Alighieri. “La Divina Commedia- Paradiso” . Introduzione di Bianca Garavelli.
Note di Lodovico Magugliani. Biblioteca
Universale Rizzoli, 1996, p. 116.
(16) MANDELBAUM,
Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.355.
(17)
HOLLANDER,
Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 299.
(18) Id. ib, p. 300-303.
(19) MANDELBAUM,
Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.357.
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Para ouvir o Canto XII:
https://www.youtube.com/watch?v=UibG271BFXk
(acessado em 8.09.20)
"Auto de Fé de S. Domingos de Gusmão"- obra de Pedro Berruguete |
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