terça-feira, 8 de agosto de 2017

CANTO IX

PARAÍSO

Canto IX


            O poeta agora dirige-se à “bela Clemenza”, a esposa de Charles Martel. Depois de se dizer esclarecido pelo “teu Charles” (quanto ao fato de que maus descendentes podem resultar de bons ancestrais), ele se refere às “trapaças/ que deveria sofrer a sua descendência” (/.../ li ‘nganni/ che ricever dovea la sua semenza- v. 2-3). Conforme o comentarista, o filho deles, Charles Robert, rei da Hungria, era o legítimo herdeiro do reino de Nápoles, mas será vítima de fraude em 1309 por parte de seu próprio tio, Robert d’Anjou, apoiado pelo papa Bonifácio VIII (1).  Charles Martel, todavia, pede que Dante silencie a respeito dessa sua “profecia” (v.4) (lembremo-nos que a ação do poema se passa em 1300), de modo que o poeta, informado por ele, só pode dizer agora que “pranto justo” (v. 5-6), ou justa punição, deverá ocorrer posteriormente aos culpados dessas “trapaças”.  

Depois, os versos dizem que a “vida” (vita- v.7), i.e. a alma, daquele “lume santo” (v.7), seu interlocutor, volta-se para o Sol (metáfora de Deus), retornando para o Empíreo. Então Dante dirige-se às “almas iludidas e criaturas ímpias” (Ahi anime ingannate e fatture empie- v. 10), ou ao leitor, repreendendo-as por se afastarem daquele “bem que cumula qualquer coisa" (/.../ ben ch’ a ogne cosa è tanto-  v.9), “inclinando vossas testas para o que é vão!” (drizzando in vanità le vostre tempie!- v.12).

E eis que um outro daqueles esplendores” (Ed ecco un altro di quelli splendori-  v. 13), uma outra alma, aproxima-se do poeta e “manifestava em seu “brilho exterior” (significava nel chiarir di fori- v. 15) o desejo de agradar-lhe, ou seja, de satisfazer a sua curiosidade sobre quem é ela. O amor desses espíritos manifesta-se pela intensidade de sua luz...  Beatriz, que tinha os olhos fixos em Dante, dá a este consentimento com seu olhar, e ele então se encoraja para dirigir-se diretamente ao espírito. Dante lhe pede que demonstre que lê seu pensamento, como é próprio dos que residem no Empíreo junto a Deus. Dirige-se à alma nestes termos:

“Deh, metti al mio voler tosto compenso,
beato spirto”, dissi, “e fammi prova
ch’i’ possa in te refletter quel ch’io penso!”    (v. 19-21) 

“Dá pronta compensação ao meu desejo (de saber),/ beato espírito”, eu disse, “e fornece-me a prova/ de que podes refletir em ti o que eu penso!”


J.Flaxman, Cunizza da Romano

O espírito então lhe responde, estendendo-se do v. 25 até o v. 63. Inicia por referir-se à sua região de origem “Naquela parte da malvada terra/ itálica” (In quella parte de la terra prava/ italica /.../- v. 25-26), a Marca Trevigiana, de cuja colina (chamada Romano, onde se situa o castelo da família), desceu uma “tocha ardente” (facella- v.29) “que fez à região um grande dano” (che fece a la contrada un grande assalto- v. 30). Trata-se de Ezellino III da Romano, o senhor tirânico da região, que Dante colocou no Inferno, junto aos “violentos contra seus vizinhos” (Inf. XII, 109-110). Mas o espírito que assim fala não é ele e sim um bem-aventurado. É sua irmã, Cunizza, que se autoidentifica no v. 32.  Ela se casou várias vezes, inicialmente com o senhor de Verona, por conveniência política. Foi raptada pelo trovador Sordello, com quem viveu vários anos. Mais tarde casou-se novamente e enviuvou. E casaria ainda mais uma ou duas vezes, segundo os cronistas da época. Sua vida refletiu a influência do planeta Vênus (2), onde ela está agora, “porque me venceu o lume desta estrela” (perché mi vinse il lume d’esta stella- v. 33). 

            A seguir, Cunizza da Romano refere-se a uma “luminosa e cara joia (/.../ luculenta e cara gioia- v. 37) que está ali, próxima dela, e desfruta de “grande fama” (v. 39) que se prolongará por muitos séculos. Esse espírito é identificado mais adiante como Folco (v. 94) (ou Foulquet de Marseilles), um famoso trovador que na juventude dedicou-se a uma vida de prazeres mas que, depois, retirou-se do mundo, tornou-se monge e posteriormente bispo de Toulouse, tendo falecido em 1231 (3). Assim, os seres humanos devem buscar a mesma excelência de conduta dele “para que outra vida suceda a primeira” (sì ch’altra vita la prima relinqua- v. 42), i.e., a da fama (o reconhecimento social é identificado com a bem-aventurança do Paraíso). Mas nisso não pensa a população que vive na região entre os dois rios citados no v. 44, vale dizer, na Marca Trevigiana, pois ela “nem sendo golpeada se arrepende” (né per esser batuta ancor si pente- v. 45). 

Cunizza passa então a fazer algumas “profecias” (Dante continua a usar o artifício de fazer com que os seus personagens “prevejam” fatos que, na realidade, já ocorreram, quando da elaboração do poema (cuja ação, como já foi dito, situa-se em 1300):  

1) na primeira delas afirma: “mas logo ocorrerá que Pádua/ manchará a água do pântano que Vicenza banha/ por ser gente rebelde ao seu dever” (ma tosto fia che Padova al palude/ cangerà l’acqua che Vincenza bagna,/ per essere al dover le genti crude;- v.46-48). Ou seja, os guelfos de Pádua serão derrotados por Cangrande della Scala, aliado aos gibelinos da cidade de Vicenza, o que ocorreu, de fato, em 1314. Os guelfos não reconheciam a autoridade do imperador Henrique VII (4);

2) no local onde os dois rios citados no v. 49 se juntam, i.e., em Treviso, “alguém domina, e vai com a fronte alta,/ mas já para capturá-lo se faz a rede” (tal signoreggia e va con la testa alta,/ che già per lui carpir si fa la ragna-  v.50-51), uma referência a Riccardo da Cammino, o déspota de Treviso,  assassinado em 1312 enquanto jogava xadrez (5);

3) “Feltro ainda chorará a falta/ do seu ímpio pastor, tão vil/ que, por ato semelhante, ninguém entrou em Malta” (Piangerà Feltro ancora la difalta/ de l’empio suo pastor, che sarà sconcia/ sì, che per simil non s’entrò in malta- v. 52-54). Cunizza afirma aqui que a população de Feltro ainda vai se lamentar pela traição de seu bispo, Alessandro Novello, a um grupo de gibelinos de Ferrara, a quem ele inicialmente ofereceu refúgio mas depois os entregou às autoridades de Ferrara, que os mandaram executar em 1314. Ele cometeu esse ato vil para mostrar a sua lealdade ao partido (guelfo) daquelas autoridades. Segundo o v. 54, nenhum dos que foram para a prisão eclesiástica de Malta cometeram ato de vileza semelhante (6). Na sequência, o poeta usa a imagem curiosa de um recipiente, que em vez de vinho contém o sangue das vítimas de Ferrara, ofertado àquelas autoridades, além de usar também um tom sarcástico no v. 58: 

Troppo sarebbe larga la bigoncia
che ricevesse il sangue Ferrarese,
e stanco chi ‘l pesasse a oncia a oncia,

che donerà questo prete cortese
per mostrarsi di parte; e cotai doni
conformi fieno al viver del paese.     (v.55-60)

Muito grande seria o recipiente/ que recebesse o sangue ferrarês,/ cansando quem o pesasse onça a onça, 
que esse padre generoso oferecerá/ para mostrar-se fiel a seu partido;/ e tal oferta será conforme os costumes da região.  

Cunizza conclui sua fala afirmando que suas palavras (proféticas) são “justas” (buoni- v.63) porque ela, como os outros espíritos bem-aventurados, recebe a luz de “Deus judicante” (Dio giudicante- v. 62) refletida nos “espelhos, que vós chamais Tronos” (/.../ specchi, voi dicete Troni- v. 61). Assim são chamados os anjos da terceira ordem, na hierarquia celestial, abaixo dos Querubins e Serafins, esta a ordem mais elevada. Para S.Tomás de Aquino, a ordem dos Tronos está associada ao bom governo humano (7) 

Após dizer essas palavras, Cunizza se retira, reintegrando-se às demais almas bem-aventuradas, e aparece diante de Dante outro espírito, “qual fino rubi tocado pelo Sol” (qual fin balasso in che lo sol percuota- v. 69), aquela “outra alegria” (L’altra letizia- v. 67) já referida (Folco ou Foulquet de Marseilles). Antes de prosseguir, os versos alertam para o significado do brilho dessa “joia” celeste. Eles falam sobre uma peculiaridade do Paraíso (“lá no alto”), quando comparado à Terra (“aqui”) e ao Inferno (“lá embaixo”): 

Per letiziar là sù fulgor s’acquista,
sì come riso qui; ma giù s’abbuia
l’ombra di fuor, come la mente è trista.    (v. 70-73)

Lá no alto, a alegria se manifesta pelo brilho/ assim como aqui pelo riso; mas lá embaixo/ a sombra se torna mais escura quando a mente entristece

Amos Nattini

           Na sequência, Dante dirige-se diretamente ao espírito. Inicia afirmando que “Deus vê tudo, e tua visão está contida nele” (Dio vede tutto, e tuo veder s’inluia- v. 73). Em consequência disso, ele também sabe o que se passa no interior de Dante. Indaga por que então esse espírito já não se antecipa, e antes que formule sua pergunta, já lhe sacie a curiosidade fazendo ouvir a sua voz, “que o céu alegra/ sempre, junto com o canto daqueles pios fogos,/ que de seis asas fazem a vestimenta” (/.../ la voce tua, che ‘l ciel trastulla/ sempre col canto di quei fuochi pii/ che di sei ali facen la coculla- v.76-78). Os “pios fogos”, segundo as notas em Mandelbaum, são os Serafins (que na língua hebraica significa “ardentes”), os quais, de acordo com a Bíblia (Isaías 6:2), são dotados de seis asas: duas para cobrir o rosto, duas para cobrir os pés, e outras duas para voar (8). 
Folco então começa a falar, e suas palavras se estenderão do v. 82 até o último verso do Canto (v. 142). Ele inicia por indicar a localização geográfica de sua origem, chamando o Mediterrâneo de “O maior vale em que as águas se expandem” (La maggior valle in che l’acqua si spanda- v.82) “fora daquele mar que a terra circunda” (fuor di quel mar che la terra inghirlanda- v. 84), ou seja, fora do mar que domina todo o hemisfério Sul, exceto a ilha-monte do Purgatório, conforme a concepção do poema.  Afirma que viveu no litoral desse “vale” (v.88), entre os rios Ebro, espanhol, e o Magra, italiano. Afirma ainda que tanto sua cidade natal quando Bougie, no norte da África, estão “Sob o mesmo ocaso quase e o mesmo amanhecer” (Ad un occaso quasi e ad un orto- v. 91), vale dizer, estão aproximadamente sob o mesmo meridiano. Quando se refere a Marseilles, acrescenta sobre a terra natal: “que uma vez tornou quente o porto com seu sangue” (che fé del sangue suo già caldo il porto- v. 93), uma referência, segundo os comentaristas, ao episódio histórico relacionado à sua conquista por César com a derrota no mar das forças de Pompeu em 49 a.C. (9)

          Como assinala Hollander, em vez de Folco dizer simplesmente “Nasci em Marseilles”, o poeta faz esse seu personagem estender-se numa perífrase de doze versos! (v. 82-93). Uma justificativa para tanto é o ponto de vista de “astronauta” adotado por Folco, que a partir de uma perspectiva planetária aproxima-se aos poucos da Terra até chegar à sua cidade natal (10).  
O espirito menciona “en passant” três casos de amantes famosos, já que estamos no planeta Vênus:  o de Dido (v.97-98), o de Fílis  (v. 100-101) e o de Hércules (v.101-102). Mas esses personagens literários-mitológicos não arderam de amor mais do que ele, Folco, quando era jovem.  A rainha cartaginesa Dido (filha de Belo e viúva de Siqueu) não amou Eneas (marido da falecida Creusa) mais do que ele, nem Fílis (princesa da Trácia, nascida em Ródope, por isso chamada “rodopiana” no v. 100), que se suicidou porque pensou que seu amado Demofoonte a abandonara, nem Hércules (chamado aqui Alcides, nome grego derivado de Alceu, seu avô) amou mais Iole, que  raptou de sua casa na Tessália (11). 
Folco onde está já não precisa se arrepender de nada (a memória do pecado já lhe foi apagada no rio Letes) e só lhe cabe desfrutar da bem-aventurança juntamente com outros espíritos. Por isso eles apenas sorriem – expressão de seu contentamento – nesse lugar em que foram colocados “pela virtude divina, que tudo ordenou e dispôs” (ma del valor ch’ordinò e provide- v.105).  
O espírito advinha que Dante quer saber quem está ali, aquela outra luz perto da sua, na mesma ordem de beatitude que ele (céu de Vênus). Trata-se de Raab (v. 116), “que dela recebe o selo da sua luz no mais alto grau“ (di lei nel sommo grado si sigilla- v. 117). Conforme a Bíblia (Josué, 2:1-21 e 6:17), Raab era uma prostituta que escondeu em sua casa, e ajudou na fuga, dois emissários enviados por Josué para espionar a terra de Canaã e a cidade de Jericó (12). Ao Paraíso, “/.../ antes de outra alma,/ ela foi alçada, quando Cristo triunfou(/.../ pria ch’ altr’ alma/ del triunfo di Cristo fu assunta- v.120), i.e. quando Cristo subiu aos céus, após a Ressurreição, e levou consigo muitos espíritos que estavam no Limbo. Dante aqui --- o que é bem característico da radicalidade de seu cristianismo -- ao mesmo tempo em que exalta a prostituta, critica o Papa (Bonifácio VIII), que estava desinteressado em recuperar a Terra Santa, então nas mãos dos  infiéis muçulmanos (/.../ Terra Santa,/ que pouco importa a memória do Papa: /.../ la Terra Santa,/ che poco tocca al papa la memoria- v. 126-127). 

Nos versos abaixo, o poeta, ao referir-se a Raab, usa de duplo sentido ao empregar o vocábulo “palma”, tanto entendido como símbolo da vitória, o que era usual na Antiguidade, como na acepção de palma das mãos. Ambas as conotações relacionam-se a Cristo. No primeiro caso, refere-se ao “triunfo de Cristo”, à Redenção humana, que significou, pelo seu sacrifício na cruz, conforme a doutrina católica, a abertura das portas do Paraíso para os seres humanos, fechada desde o pecado original. No segundo, refere-se à palma das mãos do Cristo crucificado. 

Ben si convenne lei lasciar per palma
in alcun cielo de l’alta vittoria
che s’acquistò con l’una e l’altra palma     (v. 121-123)

Foi justo deixá-la neste céu/ como símbolo da grande vitória/ conquistada na cruz com uma e outra palma

Folco depois dirige-se diretamente a Dante, criticando a presença do mal em Florença: “A tua cidade, plantada por aquele/ que primeiro deu as costas ao seu Criador” (La tua città, che di colui è pianta/ che pria volse le spalle al suo fattore- v.127-128), ou seja, Lúcifer. Este liderou a revolta dos anjos contra o Senhor e invejou a felicidade de Adão e Eva. Daí a menção à inveja no v.129. Florença “produz e espalha a maldita flor” (produce e spande il maladetto fiore- v. 130), vale dizer,  o dinheiro, ou o florim, moeda da cidade, que trazia em uma de suas faces a imagem do lírio (13), “que tem desviado do bom caminho as ovelhas e carneiros/ por ter feito do pastor um lobo” (c’ha disvïate le pecore e li agni,/ però che fatto ha lupo del pastore- v. 131-132)  (note-se a incidência de animais nessa imagem relativa ao rebanho católico e a crítica ao seu pastor, i.e. o papa Bonifácio VIII, transformado em lobo pela prática da simonia). Dante, pela boca de Folco, prossegue em sua crítica, afirmando que o Evangelho e os doutores da Igreja foram abandonados. O papa e os cardeais estão mais atentos nas “Decretais” (coleção de decretos e decisões que baseavam as reivindicações da Igreja quanto ao seu domínio temporal e privilégios) (14) e não se voltam a Nazaré, onde ocorreu a Anunciação, a visita do arcanjo Gabriel a Maria. Mas Folco prevê que no futuro o Vaticano e outras áreas de Roma serão libertas desse mal. Os locais em questão são “eleitos” porque neles morreu e foi sepultado S. Pedro (Vaticano), e também muitos mártires da Igreja (“os seguidores de Pedro”), enterrados nas catacumbas  (15):    

Ma Vaticano e l’altre parti elette
di Roma che son state cimitero
a la milizia che Pietro seguette,

tosto libere fien de l’avoltero.   (v.139-142)

Mas o Vaticano e as outras partes eleitas/ de Roma, que foram cemitérios/ dos seguidores de Pedro,/ logo serão livres desse adultério (v.142), vale dizer, desse amor ilícito (pelo dinheiro, causa da simonia então praticada).  
Frente e verso de um florim (1332-48)
NOTAS


(1) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam Books, 1986- p.340. 

(2) Id. ib, p. 340-341 

(3) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara Reynolds.  Penguin Books, 1971, p.130 e 131. 

(4) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 341-342.

(5) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986, p.112. 

(6) Id. ib., p. 112-113. 

(7) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert & Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander.  Doubleday, 2007, p.219-220.

(8) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.342. 

(9) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p.115. 

(10) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 221.

(11) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 343.

(12) Id. ib, p. 343. 

(13) Id. ib, p. 343-344.

(14) Id. ib, p. 344. 

(15) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 226.  

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Para ouvir o canto IX:

https://www.youtube.com/watch?v=Fjx9ASmehHs

(acessado em 2.09.20)











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