sexta-feira, 10 de julho de 2020

CANTO XXXII



 PARAÍSO


Canto XXXII


            S. Bernardo, ao mesmo tempo em que contemplava a Rainha dos Céus, inicia uma longa exposição a Dante, que se estende até o v. 87, apontando os bem-aventurados (citados nominalmente ou não, pois alguns são identificados por perífrases), bem-aventurados esses que ocupam as diversas camadas, ou “degraus” da Rosa celeste, imaginada pelo poeta como um imenso anfiteatro.

A Rosa Celestial

            Inicia por referir-se àquela que abriu “A chaga que Maria fechou e curou” (La piaga che Maria richiuse e unse- v.4), ou seja, Eva, causadora da chaga do pecado original. A humanidade foi redimida de tal pecado por Cristo, gerado por Maria (1). O assento de Eva é logo abaixo ao de Maria, pois ela está “a seus pés” (da’ suoi piedi- v.5). “Na terceira ordem dos assentos” (Ne l’ordine che fanno i terzi sedi- v. 7) está  Raquel (ao seu lado, Beatriz). Raquel, conforme a Bíblia, foi a segunda esposa de Jacó e é símbolo da vida contemplativa (enquanto sua irmã Lia, a primeira esposa, representa a vida ativa) (2). Nas ordens subsequentes, sentam-se Sara, Rebeca, Judite “e a que foi/ bisavó do cantor que, lamentando/ seu pecado, disse ‘Miserere mei’” (v. 10-12). Segundo os comentadores, trata-se de Rute, bisavó do rei Davi, e as palavras latinas referidas iniciam o Salmo 50 (Vulgata) composto por ele (3). Conforme a Bíblia, Davi cometeu adultério com Betsabeia, que dele engravidou (esse filho seria o rei Salomão). Para poder casar com ela, propiciou a morte de seu marido Urias numa batalha (4). Tal foi o “pecado” (fallo- v. 12) de Davi, cujo termo em italiano também significa falo, pênis (5). Essa conotação certamente não é casual... Aliás, mais adiante, quando o poeta fala da circuncisão e das “asas inocentes” (innocenti penne- v. 80) das crianças, há uma sugestão semelhante.

            Quanto às outras mulheres mencionadas: Sara foi mulher de Abrão (depois Abraão) e mãe de Isaac, Rebeca foi mulher de Isaac e mãe de Jacó e Esaú, e Judite libertou Israel dos assírios ao decapitar Holofernes (6).   

            Como se vê, Bernardo, “de degrau em degrau” (di soglia in soglia- v. 13), desde Maria, “descendo de pétala em pétala” (/.../ per la rosa giù di foglia in foglia- v.15), indica para Dante, verticalmente, as ocupantes dos sete primeiros níveis ou camadas da Rosa, todas mulheres hebreias (Eva se inclui aí por ser a mãe de toda a humanidade) (7). E as inúmeras ocupantes “do sétimo degrau para baixo” (dal settimo grado in giù- v.16), até o centro da Rosa, embora não nominadas, também são judias (v. 17).  

            A linha vertical assim formada, até esse centro, separa “da flor todas as pétalas” (dirimendo del fior tutte le chiome- v. 18). Consiste no “muro/que divide os sacros degraus” (/.../ il muro/ a che si parton le sacre scalee- v. 20-1), i.e  separa as almas que têm assento nas pétalas. De um lado estão aquelas do Velho Testamento, que tiveram fé na vinda de Cristo, e do outro, as do Novo Testamento, as que acreditaram nele depois de já ter vindo. No primeiro caso, todos os lugares estão ocupados ou, como dizem os versos, “a flor é completa / em todas as suas pétalas” (/.../ ‘l fiore è maturo/ di tutte le sue foglie, /.../- v. 22-3); no segundo caso, ainda há lugares vazios. Quando todos os assentos estiverem ocupados, será o fim do processo de salvação, ou seja, será o fim  do mundo (8).

            Na outra metade da Rosa, oposta ao “muro” vertical das mulheres hebreias, há o dos santos homens, em cujo topo se situa o  grande João/ que, santamente, o deserto e o martírio / sofreu, e depois, o Inferno, por  dois  anos” (/.../ gran Giovanni,/ che sempre santo ‘l diserto e ‘l martiro/ sofferse, e poi l’ inferno da due anni;- v. 31-3), dados que o identificam como S. João Batista. Esse precursor de Cristo, que viveu no deserto, foi decapitado por ordem de Herodes, morreu dois anos antes de Jesus e foi para o Limbo, de onde seria retirado por Cristo (9).

            Abaixo de S.João, estão sucessivamente S.Francisco, S. Benedito,  Santo Agostinho “e outros ainda, de fileira em fileira, até aqui embaixo” (e altri fin qua giù di giro in giro- v. 36), até o centro da Rosa, de onde S. Bernardo e Dante veem tudo (10). Os santos mencionados, dentre os inúmeros outros ali presentes, são os fundadores de três ordens religiosas (franciscanos, beneditinos e agostinianos). A posição mais elevada de S.Francisco  refletiria a hierarquia dentre eles segundo Dante.

            A junção dos dois “muros” -- o das mulheres hebreias e o dos homens santos -- divide o “anfiteatro” da Rosa em duas metades, ou dois conjuntos de semicírculos, de um lado estão os bem-aventurados do Velho Testamento e do outro, os do Novo Testamento.

            O poeta imagina a seguir uma linha horizontal, uma fileira ou “degrau/ que corta pelo meio as duas divisões” (/.../ dal grado in giù che fiede/ a mezzo il trato le due discrezioni- v. 40-1). Abaixo dessa linha sentam as “almas que deixaram seus corpos/ antes de terem o poder de escolha” (ché tutti questi son spiriti asciolti/ prima ch’ avesser vere elezïoni- v. 44-5), i.e antes da idade da razão. São assim as crianças, judias ou cristãs, que no Paraíso “estão não por mérito próprio mas de outros” (per nullo proprio merito si siede,/ ma per l’altrui, /.../- v.41-2). No lado do Velho Testamento, há dois tipos de crianças, as que morreram antes da instituição da circuncisão e estão lá portanto pela fé dos pais, e as que foram circuncidadas. No lado do Novo Testamento, estão as crianças que foram batizadas (11).  

            Bernardo diz a Dante que ele pode confirmar isso olhando para tais crianças que, como os outros bem-aventurados, têm a mesma aparência de quando morreram (Dante aqui diverge da concepção de S.Tomás de Aquino) (12). Elas também participam do coro celeste:

Ben te ne puoi accorger per li volti
e anche per le voci püerili,
se tu li guardi bene e se li ascolti.    (v. 46-48)

Podes dar-te conta disso pelos rostos/ e também por suas vozes infantis/ se olhares bem para elas e se as ouvires (cantar).

            Bernardo percebe que Dante está intrigado com uma questão, mas não a expressa, permanecendo calado. O santo então afirma que “vai desatar o forte nó/ que prende teus pensamentos sutis” (ma io discioglierò ‘l forte legame/ in che ti stringon li pensier sottili- v. 50-1). A dúvida de Dante refere-se ao fato de que essas crianças ocupam diferentes fileiras ou círculos da Rosa, refletindo níveis desiguais de felicidade (13). Porém, como pode haver diferenciação entre as crianças salvas, uma vez que elas não alcançaram a idade da razão, para poder escolher entre o bem ou o mal? Bernardo inicia sua responda dizendo que nada ali é casual. Tudo naquele “reino” (regno- v. 61) foi estabelecido “tão justamente/ quanto o anel corresponde ao dedo” ( /.../ sì che giustamente/ ci si risponde da l’anello al dito- v. 56-7). “O Rei” (Lo rege- v.61) “dota de graça ao seu prazer/ diversamente; e aqui basta o efeito.” (/.../ a suo piacer di grazia dota/ diversamente; e qui basti l’effetto- v. 65-6). Assim, as diferenças ali não refletem o mérito mas a graça divina (14). A causa disso está na mente de Deus. E ao ser humano só cabe perceber o efeito (15).

            Bernardo passa então a ilustrar o que afirmou citando o exemplo bíblico daqueles “gêmeos/ movidos pela ira ainda no útero da mãe” (/.../ gemelli/ che ne la madre ebber l’ira commota- v. 68-9).  O poeta faz uso novamente da perífrase para se referir aos irmãos Esaú e Jacó, distintos pela “cor dos cabelos” (color d’i capelli- v.70), “manifestações externas que refletem suas diferenças internas, suas capacidades diversas de conhecer e amar a Deus”, conforme Hollander (16). Só Deus vê isso porque tal diferenciação decorre da graça que Ele próprio concedeu desigualmente às crianças, “independente do mérito de suas ações” (/.../ sanza mercé di lor costume- v. 73). A propósito, segundo a Bíblia, Esaú e Jacó foram os pais de dois povos: o primeiro, dos Edomitas, e o outro, dos Israelitas (Gen. 25: 23). E nela consta que Deus amou mais a Jacó do que a Esaú (Rom, 9:13) (17).

            Segundo os versos, nos séculos iniciais bastava “somente a fé dos pais” (solamente la fede d’i parenti- v. 78) (na vinda do Messias) para salvar as crianças, depois, foi necessária a circuncisão, introduzida por Abraão e mais tarde, “após a vinda do tempo da graça” (ma poi che ‘l tempo de la grazia venne- v. 82), i.e na era cristã, o batismo. Sem este, “tal inocência lá embaixo é retida” (tale innocenza là giù si ritenne- v. 84), ou seja, a criança fica no Limbo, após a morte.  A circuncisão, que se justificava, segundo S.Tomás, porque era através do homem que o pecado original se transmitia, consistiria assim numa prefiguração do batismo (18).

            É interessante salientar, nessa altura, um aspecto formal dos versos originais, em italiano: a repetição da mesma rima -- “Cristo” -- três vezes, nos vv. 83, 85 e 87. Essa é a quarta vez que isso ocorre no “Paraíso” (já ocorrera antes, nos cantos XII, XIV e XIX, sendo que, nestes dois últimos, intrigantemente, nos mesmos vv. 104, 106 e 108, uma simples sugestão de mistério?). Dante, em sinal de respeito, não considerava nenhuma outra palavra digna de rimar com  Cristo, “que é o Verbo” (19).

            Bernardo encerra essa sua primeira intervenção pedindo a Dante para olhar a face de Maria: “Olha agora a face que mais se assemelha /à de Cristo (Riguarda omai ne la faccia che a Cristo/ più si somiglia, /.../- v.85-6), pois “só o esplendor dela pode te preparar para a visão de Cristo”  (/.../ la sua chiarezza/ sola ti può disporre a veder Cristo- v.86-7). Seguem-se versos descritivos de uma cena pictórica que se poderia denominar “o triunfo da Virgem”. Dante declara inicialmente “que viu tanta alegria chover sobre ela” (Io vidi sopra lei tanta allegrezza/ piover,- v. 88-9) que nada do que havia visto antes lhe causara tanta admiração. É a alegria dos anjos, manifestada por uma chuva de luz (20). São os  inúmeros anjos, ou “inteligências santas” (le menti sante- v.89), “criados para voar naquela altura” (create a trasvolar per quella alteza- v.90). Depois, os versos referem-se ao “Amor” (v. 94) (citação indireta do arcanjo Gabriel, o da Anunciação), que ali descera, que abre as asas para ela, saudando-a “cantando ‘Ave Maria, gratia plena’” (v.94), uma cantilena que toda a corte celeste (formada pelos anjos e os bem-aventurados) responde, “de modo que cada rosto se fez mais luminoso com alegria” (sì ch’ogne vista sen fé più serena- v.99), na interpretação de Hollander.  


Amos Nattini

            Na sequência, Dante, após expressar sua gratidão por Bernardo estar ali para orientá-lo, pergunta quem é aquele anjo que viu (anjo esse que já sabemos ser Gabriel):

qual è quell’angel che con tanto gioco
guarda ne li occhi la nostra regina,
innamorato sì che par di foco?       (v. 103-5)

quem é aquele anjo que, com tanto deleite,/ contempla nos olhos a nossa Rainha/ tão enamorado que parece arder como fogo?

            Bernardo “brilhava por causa da beleza de Maria/ como a estrela matutina reflete a luz do Sol” (/.../ abbelliva di Maria,/ come del sole stella mattutina- v. 107-8), uma comparação que salienta bem o esplendor da mãe de Cristo refletida sobre o santo (a “estrela matutina” é Vênus, mencionada na ladainha à Virgem Maria (21), e o Sol, naturalmente, representa Deus). 

            Bernardo responde a Dante, ainda por uma perífrase, dizendo que o anjo “é aquele que levou a palma/ lá embaixo a Maria, quando o Filho de Deus/ quis assumir a carga do nosso corpo” (/.../ elli è quelli che portò la palma/ giuso a Maria, quando ‘l Figliuol  di Dio/ carcar si volse de la mostra salma- v.112-4) (a palma é símbolo da vitória, no caso, a dos homens sobre a morte, viabilizada pelo sacrifício de Cristo. Gabriel é representado com ela, nas pinturas da Anunciação) (22).   

            A seguir, o santo pede para Dante seguir com o olhar os “grandes patrícios deste império” (/.../ i gran patrici/ di questo imperio /.../- v. 116-7) sobre os quais vai falar, associando aqui, por essa linguagem, a Rosa ao império romano. Aponta para o alto, onde estão sentados dois pais, o da humanidade (Adão) e o da Igreja (S.Pedro) (23). O primeiro, à esquerda de Maria e o segundo, à sua direita, ambos logo abaixo dela, que é chamada “Augusta” (Agusta- v.119), tratamento oficial dado à imperatriz na Roma antiga (24). Adão é referido indiretamente como “o primeiro pai por cujo temerário gosto/ a espécie humana prova tanto amargor” (è ‘l padre per lo cui ardito gusto/ l’umana specie tanto amaro gusta- v. 122-3). S.Pedro, por sua vez, é citado como “aquele velho pai/ da Santa Igreja a quem Cristo confiou/ as chaves desta bela flor” (/.../ quel padre vetusto/ di Santa Chiesa a cui Cristo le chiavi/ raccomandò di questo fior venusto- v. 124-6), vale dizer, do “reino dos céus”, aqui identificado com a Rosa. A metade desta, à esquerda de Maria, como se viu acima, é ocupada pelos bem-aventurados do Velho Testamento; e a da sua direita, pelos do Novo Testamento.

            Prosseguindo, Bernardo afirma que, ao lado de Pedro, senta-se “aquele que viu, antes de morrer,/ todas as atribulações da bela esposa” ( /.../ quei che vide tutti i tempi gravi,/ pria che morisse, de la bela sposa- v.127-8)  conquistada por Cristo com o seu sacrifício (“com a lança e com os cravos”: /.../ con la lancia e coi clavi- v. 129). Trata-se de S.João Evangelista, o autor do livro bíblico da "Revelação" (ou "Apocalipse") que prevê todas as dificuldades que a Igreja (a “esposa” de Cristo) enfrentaria. E ao lado de Adão senta Moisés, referido como “o guia daqueles que viveram de maná,/ gente ingrata, volúvel e recalcitrante” (quel duca sotto cui visse di manna/ la gente ingrata, mobile e retrosa- v.131-2), pois segundo a Bíblia os judeus, liderados por Moisés em sua fuga do Egito, se alimentaram de maná no deserto (25).

            Na sequência, Bernardo menciona Ana, a mãe de Maria, que morreu antes de Cristo nascer. Ela tem assento no outro lado da Rosa, diametralmente oposta a Pedro e ao lado de S.João Batista. Ela é o último dos bem-aventurados citados da metade do "anfiteatro" relativo ao Velho Testamento, daqueles que acreditavam na vinda de Cristo (26). De sua filha, ela “não move os olhos ao cantar Hosana” (/.../ non move occhio per cantare osanna- v. 135), um hino de ação de graças. Assim, enquanto todos ali olham para cima, louvando Deus em seu canto, Ana O louva olhando para sua filha (27).

            Do outro lado de João Batista senta-se Lúcia (uma santa do século IV, de Siracusa), aquela que enviou Beatriz para Dante, diz Bernardo a este,  quando, com os olhos para baixo, rumavas à tua ruína” (quando chinavi, a rovinar, le ciglia- v. 138).  Como o tempo é curto (para a visão mística de Dante) (28), o santo interrompe a sua enumeração dos bem-aventurados ali presentes, “como bom costureiro/ que faz a saia conforme o pano” (/.../ come buon sartore/ che com’elli ha del panno fa la gonna- v. 140-1), mais uma comparação.

            Agora é hora, diz ele, de voltar os olhos “para o Amor Primeiro” (al primo amore- v.142) (Deus), para que Dante possa penetrar, “tanto quanto possível, em seu esplendor” (quant’ è possibil per lo suo fulgore- v. 144). A extensão disso depende da graça concedida pelo próprio  Deus (29). Para tanto, S. Bernardo recomenda que Dante rogue a Maria que o ajude por meio da oração que ele vai fazer, “de modo a não apartar o coração das minhas palavras” (sì che dal dicer mio lo cor non parti- v. 150).   Tal oração inicia o próximo (e último) canto da "Divina Comédia".    


           
NOTAS



(1) ZOLI, M. e ZANOBINI, F.- “La Divina Commedia: a cura di M.Zoli e F.Zanobini. Inferno. Purgatorio. Paradiso”. Bulgarini, 2013, p.1000.

(2) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi.  New American Library, 2003, p.886. 

(3) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam Books, 1986- p.423.

(4) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara Reynolds.  Penguin Books, 1971, p. 339. 

(5) BENEDETTI, Ivone C.(coordenação geral)—“Dicionário Martins Fontes Italiano-Português”. S.Paulo: Martins Fontes, 2012- p. 347.   

(6) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 423.

(7) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 339.

(8) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986, p. 383).

(9) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 424.

(10) Id. ib., p. 289.

(11) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert & Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander.  Doubleday, 2007, p.809.

(12) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 340. 

(13) Id. ib., p. 341.  

(14) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.788. 

(15) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”, op cit, p.887. 

(16) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.810.  

(17) “BÍBLIA Sagrada”- traduzida da vulgata e anotada pelo pe. Matos Soares. XII edição. Edições Paulinas. 

(18) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 424-5. 

(19) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, pp.294, 349, 475 e 810.

(20) Id. ib., p. 811.  

(21) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p.386.

(22) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.812.

(23) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”, op cit, p.887. 

(24) LONGNON, Henri- “La Divine Comédie”. Traduction, préface, notes et commentaires par Henri Longnon. Classiques Garnier. Paris,1951, p. 696.

(25) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 425. 

(26) Id. ib., p.425.
 
(27) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”, op cit, p.887. 

(28) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.789 e 814. 

(29) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”, op cit, p.888. 

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-Para ouvir o Canto XXXII:


(acessado em  22.10.20)