Canto XXXII
S.
Bernardo, ao mesmo tempo em que contemplava a Rainha dos Céus, inicia uma longa
exposição a Dante, que se estende até o v. 87, apontando os bem-aventurados (citados
nominalmente ou não, pois alguns são identificados por perífrases), bem-aventurados
esses que ocupam as diversas camadas, ou “degraus” da Rosa celeste, imaginada pelo poeta como um imenso anfiteatro.
A Rosa Celestial |
Inicia por referir-se àquela que
abriu “A chaga que Maria fechou e curou”
(La
piaga che Maria richiuse e unse- v.4),
ou seja, Eva, causadora da chaga do pecado original. A humanidade foi redimida
de tal pecado por Cristo, gerado por Maria (1). O assento de Eva é logo abaixo
ao de Maria, pois ela está “a seus pés”
(da’
suoi piedi- v.5). “Na terceira ordem dos
assentos” (Ne
l’ordine che fanno i terzi sedi- v. 7)
está Raquel (ao seu lado, Beatriz). Raquel, conforme a Bíblia, foi a
segunda esposa de Jacó e é símbolo da vida contemplativa (enquanto sua irmã
Lia, a primeira esposa, representa a vida ativa) (2). Nas ordens subsequentes, sentam-se
Sara, Rebeca, Judite “e a que foi/ bisavó
do cantor que, lamentando/ seu pecado, disse ‘Miserere mei’” (v. 10-12). Segundo
os comentadores, trata-se de Rute, bisavó do rei Davi, e as palavras latinas
referidas iniciam o Salmo 50 (Vulgata) composto por ele (3). Conforme a Bíblia,
Davi cometeu adultério com Betsabeia, que dele engravidou (esse filho seria o
rei Salomão). Para poder casar com ela, propiciou a morte de seu marido Urias
numa batalha (4). Tal foi o “pecado”
(fallo- v.
12) de Davi, cujo termo
em italiano também significa falo, pênis (5). Essa conotação certamente não é
casual... Aliás, mais adiante, quando o poeta fala da circuncisão e das “asas inocentes” (innocenti penne- v.
80) das crianças, há uma
sugestão semelhante.
Quanto às outras mulheres
mencionadas: Sara foi mulher de Abrão (depois Abraão) e mãe de Isaac, Rebeca foi mulher de
Isaac e mãe de Jacó e Esaú, e Judite libertou Israel dos assírios ao decapitar
Holofernes (6).
Como se vê, Bernardo, “de degrau em degrau” (di soglia in soglia- v.
13), desde Maria, “descendo de pétala em pétala” (/.../ per la rosa giù
di foglia in foglia- v.15),
indica para Dante, verticalmente, as ocupantes dos sete primeiros níveis ou
camadas da Rosa, todas mulheres hebreias (Eva se inclui aí por ser a mãe de
toda a humanidade) (7). E as inúmeras ocupantes “do
sétimo degrau para baixo” (dal settimo grado in giù- v.16), até o centro da Rosa, embora não nominadas, também são judias (v. 17).
A linha vertical assim formada, até esse centro, separa “da flor todas as pétalas”
(dirimendo
del fior tutte le chiome- v. 18).
Consiste no “muro/que divide os sacros
degraus” (/.../
il muro/ a che si parton le sacre scalee- v. 20-1), i.e separa as almas
que têm assento nas pétalas. De um lado estão aquelas do Velho Testamento, que tiveram
fé na vinda de Cristo, e do outro, as do Novo Testamento, as que acreditaram nele
depois de já ter vindo. No primeiro caso, todos os lugares estão ocupados ou,
como dizem os versos, “a flor é completa
/ em todas as suas pétalas” (/.../ ‘l fiore è maturo/ di tutte le sue
foglie, /.../- v. 22-3); no
segundo caso, ainda há lugares vazios. Quando todos os assentos estiverem
ocupados, será o fim do processo de salvação, ou seja, será o fim do mundo (8).
Na outra metade da Rosa, oposta ao
“muro” vertical das mulheres hebreias, há o dos santos homens, em cujo topo se
situa o “grande João/ que, santamente, o deserto e o martírio / sofreu, e
depois, o Inferno, por dois anos” (/.../ gran Giovanni,/
che sempre santo ‘l diserto e ‘l martiro/ sofferse, e poi l’ inferno da due
anni;- v. 31-3), dados
que o identificam como S. João Batista. Esse precursor de Cristo, que viveu no
deserto, foi decapitado por ordem de Herodes, morreu dois anos antes de Jesus e
foi para o Limbo, de onde seria retirado por Cristo (9).
Abaixo de S.João, estão
sucessivamente S.Francisco, S. Benedito, Santo Agostinho “e outros ainda, de fileira em fileira, até aqui embaixo” (e altri fin qua giù
di giro in giro- v. 36), até
o centro da Rosa, de onde S. Bernardo e Dante veem tudo (10). Os santos
mencionados, dentre os inúmeros outros ali presentes, são os fundadores de três ordens religiosas (franciscanos,
beneditinos e agostinianos). A posição mais elevada de S.Francisco refletiria a hierarquia dentre eles segundo Dante.
A junção dos dois “muros” -- o das
mulheres hebreias e o dos homens santos -- divide o “anfiteatro” da Rosa em duas
metades, ou dois conjuntos de semicírculos, de um lado estão os bem-aventurados
do Velho Testamento e do outro, os do Novo Testamento.
O poeta imagina a seguir uma linha
horizontal, uma fileira ou “degrau/ que
corta pelo meio as duas divisões” (/.../ dal grado in giù che fiede/ a mezzo il
trato le due discrezioni- v. 40-1).
Abaixo dessa linha sentam as “almas que
deixaram seus corpos/ antes de terem o poder de escolha” (ché tutti questi son
spiriti asciolti/ prima ch’ avesser vere elezïoni- v. 44-5), i.e antes da idade da razão. São
assim as crianças, judias ou cristãs, que no Paraíso “estão não por mérito próprio mas de outros”
(per
nullo proprio merito si siede,/ ma per l’altrui, /.../- v.41-2). No lado do Velho Testamento, há
dois tipos de crianças, as que morreram antes da instituição da circuncisão e
estão lá portanto pela fé dos pais, e as que foram circuncidadas. No lado do
Novo Testamento, estão as crianças que foram batizadas (11).
Bernardo diz a Dante que ele pode
confirmar isso olhando para tais crianças que, como os outros bem-aventurados, têm
a mesma aparência de quando morreram (Dante aqui diverge da concepção de
S.Tomás de Aquino) (12). Elas também participam do coro celeste:
Ben te ne puoi accorger per li volti
e anche per le voci püerili,
se tu li guardi bene e se li ascolti. (v. 46-48)
Podes
dar-te conta disso pelos rostos/ e também por suas vozes infantis/ se olhares
bem para elas e se as ouvires (cantar).
Bernardo percebe que Dante está
intrigado com uma questão, mas não a expressa, permanecendo calado. O santo então
afirma que “vai desatar o forte nó/ que
prende teus pensamentos sutis” (ma io discioglierò ‘l forte legame/ in che ti
stringon li pensier sottili- v. 50-1).
A dúvida de Dante refere-se ao fato de que essas crianças ocupam diferentes fileiras
ou círculos da Rosa, refletindo níveis desiguais de felicidade (13). Porém,
como pode haver diferenciação entre as crianças salvas, uma vez que elas não
alcançaram a idade da razão, para poder escolher entre o bem ou o mal? Bernardo
inicia sua responda dizendo que nada ali é casual. Tudo naquele “reino” (regno- v. 61) foi estabelecido “tão justamente/ quanto o anel corresponde ao dedo” ( /.../ sì che
giustamente/ ci si risponde da l’anello al dito- v. 56-7). “O Rei” (Lo
rege- v.61) “dota de graça ao seu prazer/ diversamente; e
aqui basta o efeito.” (/.../ a suo piacer di grazia dota/ diversamente; e qui
basti l’effetto- v. 65-6).
Assim, as diferenças ali não refletem o mérito mas a graça divina (14). A causa
disso está na mente de Deus. E ao ser humano só cabe perceber o efeito (15).
Bernardo passa então a ilustrar o
que afirmou citando o exemplo bíblico daqueles “gêmeos/ movidos pela ira ainda no útero da mãe” (/.../ gemelli/ che ne
la madre ebber l’ira commota- v. 68-9).
O poeta faz uso novamente da perífrase
para se referir aos irmãos Esaú e Jacó, distintos pela “cor dos cabelos” (color d’i capelli- v.70), “manifestações externas que refletem suas diferenças internas,
suas capacidades diversas de conhecer e amar a Deus”, conforme Hollander (16).
Só Deus vê isso porque tal diferenciação decorre da graça que Ele próprio concedeu
desigualmente às crianças, “independente
do mérito de suas ações” (/.../ sanza mercé di lor costume- v. 73). A propósito, segundo a Bíblia, Esaú
e Jacó foram os pais de dois povos: o primeiro, dos Edomitas, e o outro, dos
Israelitas (Gen. 25: 23). E nela consta que Deus amou mais a Jacó do que a Esaú
(Rom, 9:13) (17).
Segundo os versos, nos séculos
iniciais bastava “somente a fé dos pais”
(solamente
la fede d’i parenti- v. 78)
(na vinda do Messias) para salvar as crianças, depois, foi necessária a
circuncisão, introduzida por Abraão e mais tarde, “após a vinda do tempo da graça” (ma poi che ‘l tempo de la grazia
venne- v. 82), i.e na era
cristã, o batismo. Sem este, “tal
inocência lá embaixo é retida” (tale innocenza là giù si ritenne- v. 84), ou seja, a criança fica no Limbo,
após a morte. A circuncisão, que se
justificava, segundo S.Tomás, porque era através do homem que o pecado original
se transmitia, consistiria assim numa prefiguração do batismo (18).
É interessante salientar, nessa altura,
um aspecto formal dos versos originais, em italiano: a repetição da mesma rima
-- “Cristo” -- três vezes, nos vv. 83,
85 e 87. Essa é a quarta vez que isso ocorre no “Paraíso” (já ocorrera antes,
nos cantos XII, XIV e XIX, sendo que, nestes dois últimos, intrigantemente, nos
mesmos vv. 104, 106 e 108, uma simples sugestão de mistério?). Dante,
em sinal de respeito, não considerava nenhuma outra palavra digna de rimar com Cristo, “que é o Verbo” (19).
Bernardo encerra essa sua primeira
intervenção pedindo a Dante para olhar a face de Maria: “Olha agora a face que mais se assemelha /à de Cristo” (Riguarda omai ne la faccia che a Cristo/ più
si somiglia, /.../- v.85-6),
pois “só o esplendor dela pode te preparar
para a visão de Cristo” (/.../ la sua chiarezza/
sola ti può disporre a veder Cristo- v.86-7). Seguem-se versos descritivos de uma cena pictórica que
se poderia denominar “o triunfo da Virgem”. Dante declara inicialmente “que viu tanta alegria chover sobre ela”
(Io vidi
sopra lei tanta allegrezza/ piover,- v. 88-9) que nada do que havia visto antes lhe causara tanta admiração.
É a alegria dos anjos, manifestada por uma chuva de luz (20). São os inúmeros anjos, ou “inteligências santas” (le menti sante- v.89), “criados para voar naquela altura” (create a trasvolar per quella alteza-
v.90). Depois, os versos referem-se
ao “Amor” (v. 94) (citação indireta
do arcanjo Gabriel, o da Anunciação), que ali descera, que abre as asas
para ela, saudando-a “cantando ‘Ave
Maria, gratia plena’” (v.94), uma cantilena que toda a corte celeste
(formada pelos anjos e os bem-aventurados) responde, “de modo que cada rosto se fez mais luminoso com alegria” (sì ch’ogne vista sen fé
più serena- v.99), na
interpretação de Hollander.
Amos Nattini |
Na sequência, Dante, após expressar
sua gratidão por Bernardo estar ali para orientá-lo, pergunta quem é aquele anjo
que viu (anjo esse que já sabemos ser Gabriel):
qual è quell’angel che con tanto gioco
guarda ne li occhi la nostra regina,
innamorato sì che par di foco? (v. 103-5)
quem é
aquele anjo que, com tanto deleite,/ contempla nos olhos a nossa Rainha/ tão
enamorado que parece arder como fogo?
Bernardo “brilhava por causa da beleza de Maria/ como a estrela matutina reflete
a luz do Sol” (/.../
abbelliva di Maria,/ come del sole stella mattutina- v. 107-8), uma comparação que salienta bem o
esplendor da mãe de Cristo refletida sobre o santo (a “estrela matutina” é Vênus, mencionada na ladainha à Virgem Maria
(21), e o Sol, naturalmente, representa Deus).
Bernardo responde a Dante, ainda por
uma perífrase, dizendo que o anjo “é
aquele que levou a palma/ lá embaixo a Maria, quando o Filho de Deus/ quis
assumir a carga do nosso corpo” (/.../ elli è quelli che portò la palma/ giuso
a Maria, quando ‘l Figliuol di Dio/
carcar si volse de la mostra salma- v.112-4) (a palma é símbolo da vitória, no caso, a dos homens
sobre a morte, viabilizada pelo sacrifício de Cristo. Gabriel é representado
com ela, nas pinturas da Anunciação) (22).
A seguir, o santo pede para Dante
seguir com o olhar os “grandes patrícios
deste império” (/.../
i gran patrici/ di questo imperio /.../- v. 116-7) sobre os quais vai falar, associando aqui, por essa
linguagem, a Rosa ao império romano. Aponta para o alto, onde estão sentados
dois pais, o da humanidade (Adão) e o da Igreja (S.Pedro) (23). O primeiro, à
esquerda de Maria e o segundo, à sua direita, ambos logo abaixo dela, que é chamada
“Augusta” (Agusta- v.119), tratamento oficial dado à imperatriz
na Roma antiga (24). Adão é referido indiretamente como “o primeiro pai por cujo temerário gosto/ a espécie humana prova tanto
amargor” (è
‘l padre per lo cui ardito gusto/ l’umana specie tanto amaro gusta- v. 122-3). S.Pedro, por sua vez, é citado como
“aquele velho pai/ da Santa Igreja a quem
Cristo confiou/ as chaves desta bela flor” (/.../ quel padre vetusto/ di Santa
Chiesa a cui Cristo le chiavi/ raccomandò di questo fior venusto- v. 124-6), vale dizer, do “reino dos céus”,
aqui identificado com a Rosa. A metade desta, à esquerda de Maria, como se viu
acima, é ocupada pelos bem-aventurados do Velho Testamento; e a da sua direita,
pelos do Novo Testamento.
Prosseguindo, Bernardo afirma que, ao
lado de Pedro, senta-se “aquele que viu, antes de morrer,/ todas as atribulações da bela esposa” ( /.../ quei che vide
tutti i tempi gravi,/ pria che morisse, de la bela sposa- v.127-8) conquistada por Cristo com o seu sacrifício (“com a lança e com os cravos”: /.../ con la lancia e
coi clavi- v. 129).
Trata-se de S.João Evangelista, o autor do livro bíblico da "Revelação" (ou "Apocalipse") que prevê
todas as dificuldades que a Igreja (a “esposa”
de Cristo) enfrentaria. E ao lado de Adão senta Moisés, referido como “o guia daqueles que viveram de maná,/ gente
ingrata, volúvel e recalcitrante” (quel duca sotto cui visse di manna/ la gente
ingrata, mobile e retrosa- v.131-2),
pois segundo a Bíblia os judeus, liderados por Moisés em sua fuga do Egito, se
alimentaram de maná no deserto (25).
Na sequência, Bernardo menciona Ana,
a mãe de Maria, que morreu antes de Cristo nascer. Ela tem assento no outro
lado da Rosa, diametralmente oposta a Pedro e ao lado de S.João Batista. Ela é o último dos bem-aventurados citados da metade do "anfiteatro" relativo ao Velho Testamento, daqueles que acreditavam na vinda de Cristo (26). De sua filha, ela
“não move os olhos ao cantar Hosana”
(/.../
non move occhio per cantare osanna- v. 135),
um hino de ação de graças. Assim, enquanto todos ali olham para cima, louvando
Deus em seu canto, Ana O louva olhando para sua filha (27).
Do outro lado de João Batista
senta-se Lúcia (uma santa do século IV, de Siracusa), aquela que enviou Beatriz
para Dante, diz Bernardo a este, “quando, com os olhos para baixo, rumavas à
tua ruína” (quando
chinavi, a rovinar, le ciglia- v. 138). Como o tempo é curto (para a visão mística de
Dante) (28), o santo interrompe a sua enumeração dos bem-aventurados ali
presentes, “como bom costureiro/ que faz
a saia conforme o pano” (/.../ come buon sartore/ che com’elli ha del panno fa la gonna-
v. 140-1), mais uma comparação.
Agora é hora, diz ele, de voltar os
olhos “para o Amor Primeiro” (al primo amore- v.142) (Deus), para que Dante possa
penetrar, “tanto quanto possível, em seu
esplendor” (quant’
è possibil per lo suo fulgore- v. 144).
A extensão disso depende da graça concedida pelo próprio Deus (29). Para tanto, S. Bernardo recomenda que Dante
rogue a Maria que o ajude por meio da oração que ele vai fazer, “de modo a não apartar o coração das minhas
palavras” (sì
che dal dicer mio lo cor non parti- v. 150). Tal oração inicia o próximo (e último) canto da "Divina Comédia".
NOTAS
(1) ZOLI, M. e ZANOBINI, F.- “La Divina
Commedia: a cura di M.Zoli e F.Zanobini. Inferno. Purgatorio. Paradiso”.
Bulgarini, 2013, p.1000.
(2) CIARDI, John- “The Divine Comedy”: The Inferno. The
Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi. New American Library, 2003, p.886.
(3) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante
Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony
Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam
Books, 1986- p.423.
(4) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS,
Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers
and Barbara Reynolds. Penguin Books,
1971, p. 339.
(5) BENEDETTI, Ivone C.(coordenação geral)—“Dicionário
Martins Fontes Italiano-Português”. S.Paulo: Martins Fontes, 2012- p. 347.
(6) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri-
Paradiso”, op cit, p. 423.
(7) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The
Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 339.
(8) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated
with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986,
p. 383).
(9) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri-
Paradiso”, op cit, p. 424.
(10) Id. ib., p. 289.
(11) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert &
Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander. Doubleday, 2007, p.809.
(12) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The
Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 340.
(13) Id. ib., p. 341.
(14) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p.788.
(15) CIARDI, John- “The Divine Comedy”, op cit, p.887.
(16) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p.810.
(17) “BÍBLIA Sagrada”- traduzida da vulgata
e anotada pelo pe. Matos Soares. XII edição. Edições Paulinas.
(18) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri-
Paradiso”, op cit, p. 424-5.
(19) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, pp.294, 349, 475 e 810.
(20) Id. ib., p. 811.
(21) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op
cit, p.386.
(22) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.812.
(23) CIARDI, John- “The Divine Comedy”, op cit, p.887.
(24) LONGNON, Henri- “La Divine Comédie”. Traduction, préface, notes et
commentaires par Henri Longnon. Classiques Garnier. Paris,1951, p. 696.
(25) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri-
Paradiso”, op cit, p. 425.
(26) Id. ib., p.425.
(27) CIARDI, John- “The Divine Comedy”, op cit, p.887.
(28) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p.789 e 814.
(29) CIARDI, John- “The Divine Comedy”, op cit, p.888.
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-Para ouvir o Canto XXXII:
(acessado em 22.10.20)