PARAÍSO
Canto XXIX
Os primeiros versos do Canto XXIX
contêm uma comparação que, como habitualmente, envolve referências à mitologia
e aos astros.
Dante inicia mencionando “os filhos de Latona” (li figli di Latona- v.1), ou seja, Apolo e Diana, personificação
do Sol e da Lua respectivamente. O poeta vai comparar o breve momento em que
Beatriz se calou, olhando fixamente o Ponto (punto-v.9) divino, ao lapso de tempo em que esses
astros estão em equilíbrio, a igual distância do zênite celeste, em posições
diametralmente opostas no círculo do zodíaco, “um sob o signo de Áries e outro sob o de Libra” (coperti del Montone e
de la Libra- v.2). Nesse
momento breve, os astros “estão na mesma
zona do horizonte” (fanno
de l’orizzonte insieme zona- v.3),
imaginado como um “cinto” (cinto- v.5) que os divide pela metade, o que
logo vai se desfazer pois eles estão “mudando
de hemisfério” (cambiando
l’emisperio- v.6), o que
subia passa gradativamente para o Norte e o que descia, para o Sul, também de
modo gradativo (1).
Em seguida, Beatriz diz a Dante que sabe
o que ele quer saber (em relação aos anjos), sem que lhe pergunte, pois leu isso “lá onde está todo ‘ubi’ e todo ‘quando’” (là ‘ve s’appunta ogne
ubi e ogne quando- v. 12),
i.e. na mente de Deus, “o alfa e ômega de todo espaço e tempo”, conforme nota
em Mandelbaum (2) (tais palavras latinas significam, respectivamente, “lugar” e
“tempo”).
Beatriz então começa a discorrer
sobre a criação dos anjos, afirmando:
in sua etternità di tempo fore,
fuor d’ogne altro comprender, come i piacque,
s’aperse in nuovi amor l’etterno amore. (v. 16-18)
em Sua
eternidade fora do tempo,/ e de quaisquer outras fronteiras, como Lhe agradou,/
desdobrou-se o Eterno Amor em novos amores.
Ou seja, Deus criou os anjos, fora
do tempo e dos limites do espaço, “Não para acrescentar mais bondade a Si mesmo,/
que isso é impossível, /.../ (Non per aver a sé di
bene acquisto,/ ch’ esser non può,/.../- v.13-4),
pois Ele é toda a bondade. A criação é uma decorrência da Sua própria
existência, de Sua natureza caracterizada pela bondade ou generosidade (3).
Hierarquia angélica- séc. XII- autor desconhecido |
O
tempo só passa a existir após a criação divina, que abrange três ordens de
existência: a forma, a matéria e a combinação dessas duas (“Forma e matéria, em estado conjunto ou
separadas,”: Forma
e materia, congiunte e purette- v. 22),
conforme a concepção aristotélica-tomista adotada. Os anjos, que consistem em formas
puras, foram criados ao mesmo tempo que a matéria pura (a matéria sem espírito)
e os céus materiais, união da forma com a matéria (4). Assim, a criação dessas
três ordens ocorre simultaneamente, lançadas na existência “como três setas de arco com três cordas”
(come
d’arco tricordo tre saette- v. 24),
sendo este arco uma alusão à Santíssima Trindade segundo um comentarista (5). A
criação ocorre instantaneamente, “como no
vidro, no âmbar ou no cristal” (/.../ come in vetro, in ambra o in cristallo-
v. 25) se propaga a luz (o que era aceito na época),
seguindo no caso a física de Aristóteles (6). Aliás, esse filósofo já influenciara o poeta nos
versos anteriores quando ele usou o conceito das três ordens de existência: o
de forma (ou ato), matéria (ou potência) e a combinação das duas anteriores
(ato e potência). Assim, enquanto a inteligência dos anjos é ato, a dos homens
é potência. Os céus materiais, por outro lado, são tanto ato quanto potência, uma
vez que os anjos controlam os céus mas os corpos celestes permanecem materiais,
sujeitos às leis naturais (7).
Nos versos seguintes Dante retoma a questão, abordando a hierarquia e estrutura do cosmo, estabelecidas juntamente com “as substâncias” (le sustanze- v. 32) criadas, i.e. as três ordens de existência referidas acima (8):
Nos versos seguintes Dante retoma a questão, abordando a hierarquia e estrutura do cosmo, estabelecidas juntamente com “as substâncias” (le sustanze- v. 32) criadas, i.e. as três ordens de existência referidas acima (8):
/.../ e quelle furon cima
nel mondo in che puro atto fu produto;
pura potenza tenne la parte ima;
nel mezzo strinse potenza con atto
tal vime, che già mai non si divima. (v.32-6)
/.../ e na parte mais alta / do universo estavam aquelas
feitas ato puro;
a
potência pura foi posta na parte mais baixa;/ e no meio potência tão unida ao
ato/ que tal ligação jamais se desfará.
Assim,
na parte mais alta do universo estavam as inteligências angélicas (“ato puro” ou “forma
pura”), na parte mais baixa a “potência pura” (a Terra era “matéria pura”, ou amorfa, antes de ser criada por Deus) e na parte intermediária, estava a potência
unida ao ato (ou a matéria à forma), ou seja, os nove céus, localizados acima
da Terra e abaixo do Empíreo (9), conforme a concepção geral desta terceira
parte da Divina Comédia, o Paraíso.
S. Jerônimo por Filippino Lippi- c. 1493 |
Dante, seguindo Tomás de Aquino, diverge
de S. Jerônimo, para quem os anjos haviam sido criados primeiro (v.37-39) (10).
O poeta justifica sua posição baseando-se na Bíblia (nas páginas dos “escribas inspirados no Espírito Santo”: da li scrittor de lo
Spirito Santo- v. 41) e
na razão, pois não teria sentido criar “os
que movem os céus” (‘motori-
v. 44) e depois deixá-los
que “permanecessem imperfeitos tanto
tempo” (sanza
sua perfezion fosser cotanto- v. 45),
i.e., sem cumprir a tarefa para a qual foram criados, um argumento de S. Tomás
de Aquino (11). Neste teólogo, aliás, Dante se apoiou em muitas outras
ocasiões.
“/.../ assim, já se apagam/ três chamas
de teu desejo” ( /.../
sì che spenti/ nel tuo disïo già son ter ardori- v.47-8),
diz Beatriz a Dante, usando linguagem metafórica. Ela acaba de satisfazer a
curiosidade dele relativamente a estas três questões—“onde”, “quando” e “como”
foram criados os anjos, “esses espíritos
de amor” (questi
amore- v.46). Eles foram
criados no Empíreo (a morada de Deus), ao mesmo tempo que o restante da criação
divina e como seres perfeitos (12).
Triunfo de S.Tomás de Aquino sobre Averroes |
Mas Beatriz não para por aí. Ela
passa a abordar em seguida a revolta de uma parte dos anjos, ocorrida
imediatamente após a criação, “Mais cedo
do que se leva para contar até vinte” (Né giugneriesi, numerando, al venti/ sì
tosto, /.../- v. 49-50), como
diz o poema. Essa foi a revolta de Lúcifer e seus seguidores.
Principio del cader fu il maladetto
superbir di colui che tu vedesti
da tutti i pesi del mondo costretto. (v.55-7)
O
motivo da queda foi a maldita/ soberba daquele que tu viste/ esmagado por todo
o peso do mundo.
Esse último verso citado (v. 57)
fica mais explícito quando lembramos que
Lúcifer, ao ser derrotado, foi lançado violentamente para baixo, por um impulso
tão forte que o fez penetrar na Terra e ser levado até o seu centro, onde se alojou. O buraco que fez originou o Inferno (e
a montanha do Purgatório, pelo deslocamento do solo). Percorrendo o Inferno, na
primeira etapa de sua jornada, Dante chegou de fato a vê-lo em seu círculo mais
recôndito (por isso, o v. 56 afirma “daquele
que tu viste”).
O
restante dos anjos, “humildes” (modesti- v.58), diferentemente dos primeiros (dominados
pela soberba), não se revoltou, e “começou
esta função/ que podes ver, com tanto deleite” (/.../ e cominciò
quest’arte/ che tu discerni, con tanto dileto, /.../- v. 52-3),
qual seja a de mover os nove céus ao redor de Deus (13). Beatriz conclui essa passagem sobre os anjos
mencionando que seu criador “os havia
feito dotados de uma inteligência tão vasta” (che li avea fatti a
tanto intender presti- v. 60) e uma “vontade plena e constante” (/.../ ferma e piena volontate- v. 63), de modo que tanto sua inteligência
como a vontade estão voltadas para Deus. E a graça divina concedida a eles foi “proporcional ao anseio por recebê-la” (secondo che l’affetto l’è aperto- v.66).
Beatriz acrescenta ainda uma
correção ao que se ensina nas “vossas
escolas” (vostre
scole- v.70) -- vale
dizer, nas escolas da Terra -- sobre “a
natureza dos anjos” (l’angelica natura- v.71). Atribui-se a essa as
características da alma humana (14). Assim, ela “é dotada de inteligência, memória e vontade” (è tal, che ‘ntende e
si ricorda e vole- v.72).
Mas o poeta diz que como essas “substâncias”
(sustanze-
v.76), ou seja, os anjos,
estão permanentemente contemplando “a
face de Deus” (la
faccia di Dio- v. 77), da qual nada se esconde” (/.../ da cui nulla si nasconde- v.78), “não necessitam/ recordar algum conceito interrompido” (/.../ non bisogna/
rememorar per concetto diviso- v. 80-1), i.e. não necessitam de memória (15).
Depois, Beatriz passa a criticar os frades
pregadores daquela época, que acreditam ou não no que dizem, sendo que estes “têm mais culpa e mais vergonha” (ma ne l’uno è più
colpa e più vergogna- v. 84). “Lá
embaixo” (na Terra), diz ela, “vós
não seguis um só caminho/ ao filosofar” (Voi non andate giù per un sentiero/
filosofando/.../- v.85-6)
ou seja, o caminho da verdade (16), por causa do “amor da aparência” (l’amor de l’apparenza- v. 87). Mas “isso aqui em cima se tolera/ com desdém menor” (E ancor questo qua sù
si comporta/ con men disdegno - v.88-9)
do que quando se prefere a filosofia à “Sagrada
Escritura” (la
divina Scrittura- v.90), ou
quando esta é distorcida.
Per apparer ciascun s’ingegna e face
sue invenzioni; e quelle son trascorse
da’ predicanti e ‘l Vangelio si tace. (v.94-6)
Para se
mostrar, cada um se esforça/ apresentando suas invenções; e elas são
desenvolvidas/ pelos pregadores enquanto o Evangelho se cala.
Um deles diz, para explicar o que
ocorreu na “paixão de Cristo” (la passion di Cristo-
v.98) -- ou seja, a
escuridão da hora sexta à nona quando Cristo foi crucificado (17) -- “que a Lua moveu-se para trás” (/.../che la luna si
ritorse- v.97) no
zodíaco, a fim de se interpor entre o Sol e a Terra, obstaculizando assim a luz
daquele astro. Mas quem diz isso
/.../ mente, ché la luce si nascose
da sé: però a li Spani e a l’Indi
come a’ Giudei tale eclissi rispuose ( v. 100-102).
“mente,
pois a luz se escondeu por si mesma:/ por isso, espanhóis e indianos/ assim
como judeus viram tal (suposto) eclipse”.
Assim, o que Beatriz está dizendo é que houve
na realidade um milagre; se tivesse sido só um eclipse lunar, não teria
abrangido todo o mundo conhecido, de um extremo a outro.
“Contos”
(favole-
v.104) como esse, que “se
gritam dos púlpitos” (in pergamo si gridan /.../- v. 105), diz
ela, são numerosos na Florença de então. Faz esta comparação: são mais numerosos,
em um ano, do que a quantidade de Lapos e Bindos (v. 103) que ali existem (abreviação
de Jacopo e Ildebrando, prenomes muito comuns dentre os florentinos da época)
(18). Assim, “as ovelhas” (metáfora associada aos fiéis) “na ignorância,/ retornam do pasto alimentadas pelo vento” (sì che le pecorelle,
che non sanno,/ tornan del pasco
pasciute di vento- v. 106-7).
Beatriz prossegue: Cristo não disse à “sua primeira congregação” (al suo primo
convento- v. 109) ou aos seus
apóstolos (19) para saírem ao mundo pregando “tolices” (ciance-
v.110) e sim o que é
verdadeiro. E eles, na luta para expandir a fé, fizeram
do Evangelho escudo e lança” (de l’Evangelio fero scudo e lance- v. 114).
Assim, Dante, pela boca de Beatriz,
continua sua crítica a Igreja de então dizendo que os frades pregam para
inflar seu “capuz” (il cappuccio- v. 117) (metáfora de cabeça) (20), i.e., para
se envaidecer com a recepção do público ao seu desempenho. Pregam “com chistes e gracejos” (con motti e con
iscede- v. 115) para agradá-lo
e provocar riso. “Mas um certo pássaro se
aninha naquele capuz” (Ma tale uccel nel becchetto s’annida- v. 118), pássaro esse interpretado pelos
comentaristas como o demônio. Se fosse visto pelo povo, este saberia “o tipo de indulgência em que confia” (la perdonanza di ch’
el si confida- v.120).
Quanto a essa identificação do
demônio com um pássaro, um comentarista lembra que os demônios são anjos caídos
dotados de asas (21) enquanto outro informa que, na iconografia medieval, Lúcifer
é representado por um corvo negro enquanto o Espírito Santo, por uma pomba
branca (22).
Beatriz afirma que na Terra a estultícia
é tanta que o povo corre atrás de qualquer promessa de perdão pelos seus
pecados (e ao mesmo tempo enche os cofres dos frades, o que fica implícito).
Depois da menção a ovelhas e pássaro, os versos abaixo mencionam mais um
animal:
Di questo ingrassa il porco sant’Antonio,
e altri assai che sono ancor più porci,
pagando di moneta sanza conio. (v.124-6)
com
essa estultícia Santo Antônio engorda seu porco,/ e outros mais, que são ainda
mais porcos,/ os quais pagam com moeda falsificada
A referência é a Santo Antônio, não
o de Pádua (santo português), mas a um outro, mais antigo, Santo Antônio do Deserto, ou Antão do Egito (ca. 250-355),
egípcio e eremita, sempre representado com um porco a seus pés, símbolo do
demônio da sensualidade, vencido por ele (23).
Beatriz diz que a estultícia, ou
insensatez, dos fiéis, além de engordar, com sua contribuição em espécie, os
porcos da ordem de Santo Antônio, engorda também os seus frades, “que são ainda mais porcos” (v. 125,
acima), pois iludem o povo vendendo-lhe falsas promessas de perdão aos seus
pecados. Essa é a “moeda falsificada”
(v. 126) que passam para os ingênuos crédulos, outra metáfora.
Santo Antonio do Deserto ou Antão do Egito |
Retomando com Dante a “correta estrada” (la dritta strada- v.
128), Beatriz volta a se
referir aos anjos, que vão “se
multiplicando, de grau em grau” (aos olhos deles) “de modo que nunca língua/ ou conceito dos mortais exprimiu número tão
alto” ( /.../
s’ingrada/ in numero, che mai non fu loquela/ né concetto mortal che tanto
vada- v.130-2),
incalculável. Mesmo Daniel, na passagem bíblica em que se refere ao seu número,
não foi preciso a respeito (Daniel, VII, 9-10) (24).
Os anjos (ou ”esplendores”) recebem a luz de Deus (a “Primeira Luz”: La prima luce- v. 136) individualizadamente, de “tantos modos/ quantos são os esplendores aos quais se junta” (per tanti modi in
essa si recepe,/ quanti son li splendori a chi s’appaia- v. 137-8). E cada anjo detém diversamente a “doçura do amor” (d’amar la dolcezza- v.
140), uma vez que tal
capacidade se baseia em diferentes visões de Deus (25). O conhecimento precede
o amor, ou como dizem os versos-- “ao ato
intelectual/ segue-se o afeto” (/.../ a l’atto che concepe/ segue l’affetto- v.
139-140).
Beatriz, ao concluir, enfatiza a visão
esplendorosa que Dante passa a ter, com
os inúmeros reflexos da luz de Deus na imensa multiplicidade de anjos que Ele
criou, comparados a espelhos:
Vedi
l’eccelso omai e la larghezza
de l’etterno valor, poscia che tanti
speculi fatti s’ha in che si spezza,
uno
manendo in sé come davanti. (v. 142-5)
Agora já vês a excelsitude e a amplitude/ do
Eterno Valor (Deus), pois tantos/ espelhos (anjos) fez em que se estilhaça a Sua luz,/
permanecendo uno em si, como antes (da criação).
NOTAS
(1) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante
Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony
Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam
Books, 1986- p.415-6. .
(2) Id. ib., p. 416.
(3) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated
with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986,
p.346.
(4) Id. ib., p. 346.
(5) CRESPO, Angel- “Dante Alighieri- La Divina
Comedia”. Centro Editor de Cultura”, 2012. Argentina, p. 478.
(6) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante:
The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara
Reynolds. Penguin Books, 1971, p. 315.
(7) Id. ib., p. 314-5.
(8) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of
Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 416.
(9) HOLLANDER, Robert
& Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert &
Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander. Doubleday, 2007, p. 719.
(10) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy
of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 416-417.
(11) Id. ib., p. 417.
(12) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op
cit, p. 347.
(13) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p. 721.
(14) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy
of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 417.
(15) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op
cit, p. 349.
(16) MARTINS, Cristiano- “A Divina Comédia”. Segundo
volume. Purgatório. Paraíso. Tradução, introdução e notas de Cristiano Martins.
5a edição. Belo Horizonte: Ed Itatiaia, 1989, p. 527, nota.
(17) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy
of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 417-8.
“Hora sexta” para os judeus corresponde a 12
h para nós; “hora nona”, a 15 h. Cf. https://estiloadoracao.com/hora-terceira-hora-sexta-e-hora-nona/
(18) Id. ib., p. 418.
(19) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p. 725.
(20) CIARDI, John- “The Divine Comedy”: The Inferno. The
Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi. New American Library, 2003, p. 858.
(21) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante:
The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 317.
(22) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”,
op cit, p. 725-6.
(23) Id. ib., p. 726. Cf também MANDELBAUM, Allen-
“The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 418, e o link https://www.ebiografia.com/santo_antonio_de_lisboa/ acessado em 21.04.20.
(24) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante:
The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 317.
(25) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op
cit, p. 351.
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-Para ouvir o Canto XXIX:
(acessado em 16.10.20)