sexta-feira, 24 de abril de 2020

CANTO XXIX


PARAÍSO


Canto XXIX


            Os primeiros versos do Canto XXIX contêm uma comparação que, como habitualmente, envolve referências à mitologia e aos astros.

            Dante inicia mencionando “os filhos de Latona” (li figli di Latona- v.1), ou seja, Apolo e Diana, personificação do Sol e da Lua respectivamente. O poeta vai comparar o breve momento em que Beatriz se calou, olhando fixamente o Ponto (punto-v.9) divino, ao lapso de tempo em que esses astros estão em equilíbrio, a igual distância do zênite celeste, em posições diametralmente opostas no círculo do zodíaco, “um sob o signo de Áries e outro sob o de Libra” (coperti del Montone e de la Libra- v.2). Nesse momento breve, os astros “estão na mesma zona do horizonte” (fanno de l’orizzonte insieme zona- v.3), imaginado como um “cinto” (cinto- v.5) que os divide pela metade, o que logo vai se desfazer pois eles estão “mudando de hemisfério” (cambiando l’emisperio- v.6), o que subia passa gradativamente para o Norte e o que descia, para o Sul, também de modo gradativo (1).

            Em seguida, Beatriz diz a Dante que sabe o que ele quer saber (em relação aos anjos), sem que lhe pergunte, pois leu isso “lá onde está todo ‘ubi’ e todo ‘quando’” (là ‘ve s’appunta ogne ubi e ogne quando- v. 12), i.e. na mente de Deus, “o alfa e ômega de todo espaço e tempo”, conforme nota em Mandelbaum (2) (tais palavras latinas significam, respectivamente, “lugar” e “tempo”).

            Beatriz então começa a discorrer sobre a criação dos anjos, afirmando:

in sua etternità di tempo fore,
fuor d’ogne altro comprender, come i piacque,
s’aperse in nuovi amor l’etterno amore.     (v. 16-18)

em Sua eternidade fora do tempo,/ e de quaisquer outras fronteiras, como Lhe agradou,/ desdobrou-se o Eterno Amor em novos amores.

            Ou seja, Deus criou os anjos, fora do tempo e dos limites do espaço,  Não para acrescentar mais bondade a Si mesmo,/ que isso é impossível, /.../  (Non per aver a sé di bene acquisto,/ ch’ esser non può,/.../- v.13-4), pois Ele é toda a bondade. A criação é uma decorrência da Sua própria existência, de Sua natureza caracterizada pela bondade ou generosidade (3).


Hierarquia angélica- séc. XII- autor desconhecido

            O tempo só passa a existir após a criação divina, que abrange três ordens de existência: a forma, a matéria e a combinação dessas duas (“Forma e matéria, em estado conjunto ou separadas,”: Forma e materia, congiunte e purette- v. 22), conforme a concepção aristotélica-tomista adotada. Os anjos, que consistem em formas puras, foram criados ao mesmo tempo que a matéria pura (a matéria sem espírito) e os céus materiais, união da forma com a matéria (4). Assim, a criação dessas três ordens ocorre simultaneamente, lançadas na existência “como três setas de arco com três cordas” (come d’arco tricordo tre saette- v. 24), sendo este arco uma alusão à Santíssima Trindade segundo um comentarista (5). A criação ocorre instantaneamente, “como no vidro, no âmbar ou no cristal” (/.../ come in vetro, in ambra o in cristallo- v. 25)  se propaga a luz (o que era aceito na época), seguindo no caso a física de Aristóteles (6).  Aliás, esse filósofo já influenciara o poeta nos versos anteriores quando ele usou o conceito das três ordens de existência: o de forma (ou ato), matéria (ou potência) e a combinação das duas anteriores (ato e potência). Assim, enquanto a inteligência dos anjos é ato, a dos homens é potência. Os céus materiais, por outro lado, são tanto ato quanto potência, uma vez que os anjos controlam os céus mas os corpos celestes permanecem materiais, sujeitos às leis naturais (7).

            Nos versos seguintes Dante retoma a questão, abordando a hierarquia e estrutura do cosmo, estabelecidas juntamente com “as substâncias” (le sustanze- v. 32) criadas, i.e. as três ordens de existência referidas acima (8):

/.../ e quelle furon cima
nel mondo in che puro atto fu produto;

pura potenza tenne la parte ima;
nel mezzo strinse potenza con atto
tal vime, che già mai non si divima.       (v.32-6)

/.../  e na parte mais alta / do universo estavam aquelas feitas ato puro;
a potência pura foi posta na parte mais baixa;/ e no meio potência tão unida ao ato/ que tal ligação jamais se desfará. 

            Assim, na parte mais alta do universo estavam as inteligências angélicas (“ato puro” ou “forma pura”), na parte mais baixa a “potência pura” (a Terra era “matéria pura”, ou amorfa, antes de ser criada por Deus) e na parte intermediária, estava a potência unida ao ato (ou a matéria à forma), ou seja, os nove céus, localizados acima da Terra e abaixo do Empíreo (9), conforme a concepção geral desta terceira parte da Divina Comédia, o Paraíso.


S. Jerônimo por Filippino Lippi- c. 1493
            Dante, seguindo Tomás de Aquino, diverge de S. Jerônimo, para quem os anjos haviam sido criados primeiro (v.37-39) (10). O poeta justifica sua posição baseando-se na Bíblia (nas páginas dos “escribas inspirados no Espírito Santo”: da li scrittor de lo Spirito Santo- v. 41) e na razão, pois não teria sentido criar “os que movem os céus” (‘motori- v. 44) e depois deixá-los que “permanecessem imperfeitos tanto tempo” (sanza sua perfezion fosser cotanto- v. 45), i.e., sem cumprir a tarefa para a qual foram criados, um argumento de S. Tomás de Aquino (11). Neste teólogo, aliás, Dante se apoiou em muitas outras ocasiões.  


Triunfo de S.Tomás de Aquino sobre Averroes
            “/.../ assim, já se apagam/  três chamas de teu desejo” ( /.../ sì che spenti/ nel tuo disïo già son ter ardori-  v.47-8), diz Beatriz a Dante, usando linguagem metafórica. Ela acaba de satisfazer a curiosidade dele relativamente a estas três questões—“onde”, “quando” e “como” foram criados os anjos, “esses espíritos de amor” (questi amore- v.46). Eles foram criados no Empíreo (a morada de Deus), ao mesmo tempo que o restante da criação divina e como seres perfeitos (12).

            Mas Beatriz não para por aí. Ela passa a abordar em seguida a revolta de uma parte dos anjos, ocorrida imediatamente após a criação, “Mais cedo do que se leva para contar até vinte” (Né giugneriesi, numerando, al venti/ sì tosto, /.../- v. 49-50), como diz o poema. Essa foi a revolta de Lúcifer e seus seguidores.  

Principio del cader fu il maladetto
superbir di colui che tu vedesti
da tutti i pesi del mondo costretto.     (v.55-7)

O motivo da queda foi a maldita/ soberba daquele que tu viste/ esmagado por todo o peso do mundo.

            Esse último verso citado (v. 57) fica mais explícito quando lembramos  que Lúcifer, ao ser derrotado, foi lançado violentamente para baixo, por um impulso tão forte que o fez penetrar na Terra e ser levado até o seu centro, onde se  alojou. O buraco que fez originou o Inferno (e a montanha do Purgatório, pelo deslocamento do solo). Percorrendo o Inferno, na primeira etapa de sua jornada, Dante chegou de fato a vê-lo em seu círculo mais recôndito (por isso, o v. 56 afirma “daquele que tu viste”).    

            O restante dos anjos, “humildes” (modesti- v.58), diferentemente dos primeiros (dominados pela soberba), não se revoltou, e “começou esta função/ que podes ver, com tanto deleite” (/.../ e cominciò quest’arte/ che tu discerni, con tanto dileto, /.../-  v. 52-3), qual seja a de mover os nove céus ao redor de Deus (13).  Beatriz conclui essa passagem sobre os anjos mencionando que seu criador “os havia feito dotados de uma inteligência tão vasta” (che li avea fatti a tanto intender presti- v. 60) e uma “vontade plena e constante” (/.../ ferma e piena volontate- v. 63), de modo que tanto sua inteligência como a vontade estão voltadas para Deus. E a graça divina concedida a eles foi “proporcional ao anseio por recebê-la” (secondo che l’affetto l’è aperto- v.66).

            Beatriz acrescenta ainda uma correção ao que se ensina nas “vossas escolas” (vostre scole- v.70) -- vale dizer, nas escolas da Terra -- sobre “a natureza dos anjos” (l’angelica natura- v.71). Atribui-se a essa as características da alma humana (14). Assim, ela “é dotada de inteligência, memória e vontade  (è tal, che ‘ntende e si ricorda e vole- v.72). Mas o poeta diz que como essas “substâncias” (sustanze- v.76), ou seja, os anjos, estão permanentemente contemplando “a face de Deus” (la faccia di Dio- v. 77), da qual nada se esconde” (/.../ da cui nulla si nasconde- v.78), “não necessitam/ recordar algum conceito interrompido” (/.../ non bisogna/ rememorar per concetto diviso-  v. 80-1), i.e. não necessitam de memória (15).

             Depois, Beatriz passa a criticar os frades pregadores daquela época, que acreditam ou não no que dizem, sendo que estes “têm mais culpa e mais vergonha” (ma ne l’uno è più colpa e più vergogna- v. 84).  Lá embaixo” (na Terra), diz ela, “vós não seguis um só caminho/ ao filosofar” (Voi non andate giù per un sentiero/ filosofando/.../- v.85-6) ou seja, o caminho da verdade (16), por causa do “amor da aparência” (l’amor de l’apparenza- v. 87). Mas “isso aqui em cima se tolera/ com desdém menor” (E ancor questo qua sù si comporta/ con men disdegno - v.88-9) do que quando se prefere a filosofia à “Sagrada Escritura” (la divina Scrittura- v.90), ou quando esta é distorcida.

Per apparer ciascun s’ingegna e face
sue invenzioni; e quelle son trascorse
da’ predicanti e ‘l Vangelio si tace.     (v.94-6)

Para se mostrar, cada um se esforça/ apresentando suas invenções; e elas são desenvolvidas/ pelos pregadores enquanto o Evangelho se cala.
           
            Um deles diz, para explicar o que ocorreu na “paixão de Cristo” (la passion di Cristo- v.98) -- ou seja, a escuridão da hora sexta à nona quando Cristo foi crucificado (17) -- “que a Lua moveu-se para trás” (/.../che la luna si ritorse- v.97) no zodíaco, a fim de se interpor entre o Sol e a Terra, obstaculizando assim a luz daquele astro. Mas quem diz isso

/.../ mente, ché la luce si nascose
da sé: però a li Spani e a l’Indi
come a’ Giudei tale eclissi rispuose      ( v. 100-102).

mente, pois a luz se escondeu por si mesma:/ por isso, espanhóis e indianos/ assim como judeus viram tal (suposto) eclipse”.

             Assim, o que Beatriz está dizendo é que houve na realidade um milagre; se tivesse sido só um eclipse lunar, não teria abrangido todo o mundo conhecido, de um extremo a outro. 

            Contos” (favole- v.104) como esse, que “se gritam dos púlpitos” (in pergamo si gridan /.../- v. 105), diz ela, são numerosos na Florença de então. Faz esta comparação: são mais numerosos, em um ano, do que a quantidade de Lapos e Bindos (v. 103) que ali existem (abreviação de Jacopo e Ildebrando, prenomes muito comuns dentre os florentinos da época) (18).  Assim, “as ovelhas” (metáfora associada aos fiéis) “na ignorância,/ retornam do pasto alimentadas pelo vento” (sì che le pecorelle, che non sanno,/  tornan del pasco pasciute di vento- v. 106-7).  Beatriz prossegue: Cristo não disse à “sua primeira congregação” (al suo primo convento- v. 109) ou aos seus apóstolos (19) para saírem ao mundo pregando “tolices” (ciance- v.110) e sim o que é verdadeiro. E eles, na luta para expandir a fé,  fizeram do Evangelho escudo e lança” (de l’Evangelio fero scudo e lance- v. 114).

            Assim, Dante, pela boca de Beatriz, continua sua crítica a Igreja de então dizendo que os frades pregam para inflar seu “capuz” (il cappuccio- v. 117) (metáfora de cabeça) (20), i.e., para se envaidecer com a recepção do público ao seu desempenho. Pregam “com chistes e gracejos” (con motti e con iscede- v. 115) para agradá-lo e provocar riso. “Mas um certo pássaro se aninha naquele capuz” (Ma tale uccel nel becchetto s’annida- v. 118), pássaro esse interpretado pelos comentaristas como o demônio. Se fosse visto pelo povo, este saberia “o tipo de indulgência em que confia” (la perdonanza di ch’ el si confida- v.120). 

            Quanto a essa identificação do demônio com um pássaro, um comentarista lembra que os demônios são anjos caídos dotados de asas (21) enquanto outro informa que, na iconografia medieval, Lúcifer é representado por um corvo negro enquanto o Espírito Santo, por uma pomba branca (22).  

            Beatriz afirma que na Terra a estultícia é tanta que o povo corre atrás de qualquer promessa de perdão pelos seus pecados (e ao mesmo tempo enche os cofres dos frades, o que fica implícito). Depois da menção a ovelhas e pássaro, os versos abaixo mencionam mais um animal: 

Di questo ingrassa il porco sant’Antonio,
e altri assai che sono ancor più porci,
pagando di moneta sanza conio.     (v.124-6)

com essa estultícia Santo Antônio engorda seu porco,/ e outros mais, que são ainda mais porcos,/ os quais pagam com moeda falsificada

            A referência é a Santo Antônio, não o de Pádua (santo português), mas a um outro, mais antigo, Santo Antônio do Deserto, ou Antão do Egito (ca. 250-355), egípcio e eremita, sempre representado com um porco a seus pés, símbolo do demônio da sensualidade, vencido por ele (23).

            Beatriz diz que a estultícia, ou insensatez, dos fiéis, além de engordar, com sua contribuição em espécie, os porcos da ordem de Santo Antônio, engorda também os seus frades, “que são ainda mais porcos” (v. 125, acima), pois iludem o povo vendendo-lhe falsas promessas de perdão aos seus pecados. Essa é a “moeda falsificada” (v. 126) que passam para os ingênuos crédulos, outra metáfora.

Santo Antonio do Deserto ou Antão do Egito
            Retomando com Dante a “correta estrada” (la dritta strada- v. 128), Beatriz volta a se referir aos anjos, que vão “se multiplicando, de grau em grau” (aos olhos deles) “de modo que nunca língua/ ou conceito dos mortais exprimiu número tão alto” ( /.../ s’ingrada/ in numero, che mai non fu loquela/ né concetto mortal che tanto vada- v.130-2), incalculável. Mesmo Daniel, na passagem bíblica em que se refere ao seu número, não foi preciso a respeito (Daniel, VII, 9-10) (24).

            Os anjos (ou ”esplendores”) recebem a luz de Deus (a “Primeira Luz”: La prima luce- v. 136) individualizadamente, de “tantos modos/ quantos são os esplendores aos quais se junta” (per tanti modi in essa si recepe,/ quanti son li splendori a chi s’appaia- v. 137-8). E cada anjo detém diversamente a “doçura do amor” (d’amar la dolcezza- v. 140), uma vez que tal capacidade se baseia em diferentes visões de Deus (25). O conhecimento precede o amor, ou como dizem os versos-- “ao ato intelectual/ segue-se o afeto” (/.../ a l’atto che concepe/ segue l’affetto- v. 139-140). 

            Beatriz, ao concluir, enfatiza a visão esplendorosa que Dante passa a  ter, com os inúmeros reflexos da luz de Deus na imensa multiplicidade de anjos que Ele criou, comparados a espelhos:  

  Vedi l’eccelso omai e la larghezza
de l’etterno valor, poscia che tanti
speculi fatti s’ha in che si spezza,
   uno manendo in sé come davanti.   (v. 142-5)

   Agora já vês a excelsitude e a amplitude/ do Eterno Valor (Deus), pois tantos/ espelhos (anjos) fez em que se estilhaça a Sua luz,/ permanecendo uno em si, como antes (da criação).


NOTAS


(1) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”. A verse translation by Allen Mandelbaum. Notes by Anthony Oldcorn and Daniel Feldman, with Giuseppe Di Scipio. Bantam Books, 1986- p.415-6. .  

(2) Id. ib., p. 416.

(3) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”. Translated with an Introduction, Notes, and Commentary by Mark Musa. Penguin Books, 1986, p.346.

(4) Id. ib., p. 346.

(5) CRESPO, Angel- “Dante Alighieri- La Divina Comedia”. Centro Editor de Cultura”, 2012. Argentina, p. 478.    

(6) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”. Translated by Dorothy L. Sayers and Barbara Reynolds.  Penguin Books, 1971, p. 315.

(7) Id. ib., p. 314-5.  

(8) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 416.  

(9) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”: a verse translation by Robert & Jean Hollander. Introduction & Notes by Robert Hollander.  Doubleday, 2007, p. 719.    

(10) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 416-417.

(11) Id. ib., p. 417.

(12) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p. 347.    

(13) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 721.  

(14) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 417.

(15) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p. 349.

(16) MARTINS, Cristiano- “A Divina Comédia”. Segundo volume. Purgatório. Paraíso. Tradução, introdução e notas de Cristiano Martins. 5a edição. Belo Horizonte: Ed Itatiaia, 1989, p. 527, nota. 
    
(17) MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 417-8.
“Hora sexta” para os judeus corresponde a 12 h para nós; “hora nona”, a 15 h.  Cf.  https://estiloadoracao.com/hora-terceira-hora-sexta-e-hora-nona/

(18) Id. ib., p. 418.

(19) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 725.  

(20) CIARDI, John-  “The Divine Comedy”: The Inferno. The Purgatorio. The Paradiso”. Translated by John Ciardi.  New American Library, 2003, p. 858. 

(21) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 317.   

(22) HOLLANDER, Robert & Jean- “Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 725-6.  

(23) Id. ib., p. 726. Cf também MANDELBAUM, Allen- “The Divine Comedy of Dante Alighieri- Paradiso”, op cit, p. 418, e o link https://www.ebiografia.com/santo_antonio_de_lisboa/  acessado em 21.04.20.

(24) SAYERS, Dorothy L. and REYNOLDS, Barbara—“Dante: The Divine Comedy 3- Paradise”, op cit, p. 317.   

(25) MUSA, Mark-- “Dante- The Divine Comedy- Volume 3: Paradise”, op cit, p. 351.

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-Para ouvir o Canto XXIX:


(acessado em 16.10.20)